Não retorno de usuários a um Centro de Testagem e Aconselhamento do Estado do Rio de Janeiro: fatores estruturais e subjetivos

Abstract

Investigou-se o não retorno de usuários para conhecimento da sorologia para HIV em um Centro de Testagem e Aconselhamento do Estado do Rio de Janeiro em 2009. Trata-se de estudo socioantropológico que integra a Pesquisa CTA-RJ, a qual analisou motivações e repercussões da testagem para prevenção de DST/Aids. Utilizaram-se quatro fontes de dados: a etnografia das sessões de aconselhamento pré-teste; 384 questionários aplicados aleatoriamente em usuários que procuraram o serviço para fazer o teste em 2009; o banco de dados SI-CTA no período entre 2008-2009; e 14 entrevistas semiestruturadas com jovens usuários (18 a 28 anos) de diferentes perfis (escolaridade, sexo, orientação sexual, sorologia, raça/cor). Entre 2008-2009, 62% dos usuários, excluindo-se as gestantes, não resgataram resultados de seus testes nesse CTA. As circunstâncias que determinam o não retorno referem-se à dinâmica de funcionamento do serviço (acolhimento precário ao usuário e não garantia de direitos como anonimato e confidencialidade, por exemplo), às dificuldades operacionais (como atraso na entrega de resultados) e também perpassam a trajetória pessoal do usuário (medo, ansiedade, representações negativas da testagem, discriminação). As propostas no âmbito do Ministério da Saúde para reduzir as taxas de "falha no retorno" apontam testes rápidos e aconselhamento pré-teste facultativo. A observação etnográfica do CTA indica que a qualidade da interação entre profissional de saúde e usuário influencia sobremaneira a adesão ao serviço.

Avaliação do Controle do HIV/Aids na Atenção Primária em Palmas/TO

“…Além da relevância da busca ativa dos parceiros de PVHA, é indispensável o rastreio às pessoas cujo diagnóstico do HIV foi positivo e não retornaram, em caso de exame laboratorial, ou permaneceram, em caso de TR, para receber o resultado, ação realizada por 93% dos profissionais da APS de Palmas. A investigação das circunstâncias envolvidas, dificuldades impostas, (des) motivações dos usuários ou a dinâmica de atendimento, deve promover uma reflexão sobre a necessidade da reorganização dos serviços e melhor orientação dos recursos públicos investidos (Soares;Brandão, 2013), podendo a capacitação permanente para realizar o aconselhamento aumentar para consideravelmente o retorno dos pacientes (Rocha et al, 2017) Research, Society and Development, v. 9, n. 9, e372997126, 2020(CC BY 4.0) | ISSN 2525 Faz-se imprescindível, também, a notificação dos casos de IST, ato realizado por 93% dos participantes. A notificação dos casos de IST é obrigatória à todos profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados que atuam na assistência ao paciente, segundo a Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975, e a APS possui um papel importante, pois cabe a esse nível de atenção traçar o perfil epidemiológico da sua realidade para melhor atuar (Silva;Oliveira, 2014).…”

Prática de aconselhamento em infecções sexualmente transmissíveis, HIV e aids, realizada por profissionais da atenção primária à saúde de Montes Claros, Minas Gerais, 2015-2016*

“…Measures to protect the confidentiality of those who seek primary health care services must be guaranteed, as a means of reducing the likelihood of not returning to the service, complications resulting from STIs and late diagnosis of HIV infection. 18 A study conducted in PHC in India in 2018 indicated that the lack of an adequate place to provide counseling can compromise confidentiality and result in lower adherence to care. Confidentiality of service user information is a consolidated right that users should require the health team to ensure when assessing the service provided.…”

The importance of pharmaceutical performance in orientation and reception to HIV patients: can we make a difference?

“…Individualized pharmaceutical care shows positive impacts in the treatment of patients with HIV, since it has contributed to the improvement in adherence to drug treatment (Rodrigues et al, 2015;Margusino-Framiñan et al, 2019). However, for this procedure to occur satisfactorily, it is necessary to have the qualification of managers and health professionals in relation to the specificities of each individual (Mafra et al, 2016), as well as adequate infrastructure to ensure privacy and security for dialogue between patient and Research, Society and Development, v. 9, n. 9, e134996605, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6605 6 pharmacist (Soares & Brandão, 2013).…”