Abstract:O objetivo deste artigo é identificar os elementos que permitem conhecer a subjetividade de mulheres empreendedoras segundo a teoria proposta por González Rey (2009). A subjetividade se dá por meio de uma configuração de sentidos subjetivos provenientes tanto do plano individual, como também dos construídos socialmente. Assim, a constituição subjetiva é formada por meio de diferentes forças que se mantêm em permanente transformação ao longo da trajetória dos sujeitos. A metodologia utilizada para alcançar o ob… Show more
“…De acordo com a literatura, a configuração do empreendedorismo para as mulheres está embasada nos sentidos subjetivos associados às suas trajetórias, ao contexto atual e à cultura que envolve a atividade desenvolvida. Dessa forma, questões de gênero e empreendedorismo não podem ser separadas de questões sociais e significações no plano individual (Ferreira, & Nogueira, 2013). Nesse sentido, destaca-se a crença religiosa das empreendedoras, bastante ratificada em seus discursos, visto que todas citaram Deus em algum momento.…”
Section: Análise Dos Resultadosunclassified
“…Os estudos sobre essa perspectiva pessoal abordam: a) o processo de criação de empresas por mulheres (Machado et al, 2003;Machado, Gazola, & Anez, 2013); b) a subjetividade das empreendedoras (Ferreira, & Nogueira, 2013); os conflitos e relações trabalho-família (Powell, & Eddleston, 2013;Strobino, & Teixeira, 2014); d) os problemas encontrados ao longo da trajetória empreendedora (Alperstedt, Ferreira, & Serafim, 2014); e) o perfil e as características das empreendedoras (Martins et al, 2010), entre outros. Dada à relevância de se compreender essa particularidade, a maioria incide sobre aspectos peculiares e subjetivos dessa perspectiva.…”
RESUMOEsta pesquisa propõe-se a explicar como os aspectos cognitivos e afetivos influenciam as ações de mulheres empreendedoras nas diferentes fases de desenvolvimento de um negócio. Norteia-se por um modelo que sugere que os aspectos afetivos são mais influentes nas ações dos empreendedores nas fases iniciais de um empreendimento e na medida em que este se desenvolve, os fatores cognitivos tornam-se mais presentes. Visando demarcar melhor tais períodos de evolução, foi integrada uma abordagem que aponta cinco fases de desenvolvimento de um negócio. Em termos metodológicos, trata-se de uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa. Dez participantes foram selecionadas de forma intencional entre as empreendedoras de uma cidade localizada na região Seridó do Rio Grande do Norte, para a realização de entrevistas. A técnica utilizada para a análise de dados qualitativos foi a análise de conteúdo temático. Dentre os resultados, a pesquisa identificou que na fase de nascimento do negócio, as empreendedoras investigadas agem influenciadas por aspectos afetivos e nas fases seguintes, quando há a percepção da necessidade de uma melhor organização, os aspectos cognitivos são mais influentes. O medo emergiu como um aspecto afetivo que permeia a ação das empreendedoras na fase de renovação e a capacidade de negociação, como um aspecto cognitivo evidenciado pelas empreendedoras da fase de declínio, sugerindo-se a incorporação desses dois aspectos em estudos futuros que tratem dessa relação em empreendedores.Palavras-chave: Empreendedorismo feminino; Aspectos cognitivos; Aspectos afetivos; Fases de um negócio.
“…De acordo com a literatura, a configuração do empreendedorismo para as mulheres está embasada nos sentidos subjetivos associados às suas trajetórias, ao contexto atual e à cultura que envolve a atividade desenvolvida. Dessa forma, questões de gênero e empreendedorismo não podem ser separadas de questões sociais e significações no plano individual (Ferreira, & Nogueira, 2013). Nesse sentido, destaca-se a crença religiosa das empreendedoras, bastante ratificada em seus discursos, visto que todas citaram Deus em algum momento.…”
Section: Análise Dos Resultadosunclassified
“…Os estudos sobre essa perspectiva pessoal abordam: a) o processo de criação de empresas por mulheres (Machado et al, 2003;Machado, Gazola, & Anez, 2013); b) a subjetividade das empreendedoras (Ferreira, & Nogueira, 2013); os conflitos e relações trabalho-família (Powell, & Eddleston, 2013;Strobino, & Teixeira, 2014); d) os problemas encontrados ao longo da trajetória empreendedora (Alperstedt, Ferreira, & Serafim, 2014); e) o perfil e as características das empreendedoras (Martins et al, 2010), entre outros. Dada à relevância de se compreender essa particularidade, a maioria incide sobre aspectos peculiares e subjetivos dessa perspectiva.…”
RESUMOEsta pesquisa propõe-se a explicar como os aspectos cognitivos e afetivos influenciam as ações de mulheres empreendedoras nas diferentes fases de desenvolvimento de um negócio. Norteia-se por um modelo que sugere que os aspectos afetivos são mais influentes nas ações dos empreendedores nas fases iniciais de um empreendimento e na medida em que este se desenvolve, os fatores cognitivos tornam-se mais presentes. Visando demarcar melhor tais períodos de evolução, foi integrada uma abordagem que aponta cinco fases de desenvolvimento de um negócio. Em termos metodológicos, trata-se de uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa. Dez participantes foram selecionadas de forma intencional entre as empreendedoras de uma cidade localizada na região Seridó do Rio Grande do Norte, para a realização de entrevistas. A técnica utilizada para a análise de dados qualitativos foi a análise de conteúdo temático. Dentre os resultados, a pesquisa identificou que na fase de nascimento do negócio, as empreendedoras investigadas agem influenciadas por aspectos afetivos e nas fases seguintes, quando há a percepção da necessidade de uma melhor organização, os aspectos cognitivos são mais influentes. O medo emergiu como um aspecto afetivo que permeia a ação das empreendedoras na fase de renovação e a capacidade de negociação, como um aspecto cognitivo evidenciado pelas empreendedoras da fase de declínio, sugerindo-se a incorporação desses dois aspectos em estudos futuros que tratem dessa relação em empreendedores.Palavras-chave: Empreendedorismo feminino; Aspectos cognitivos; Aspectos afetivos; Fases de um negócio.
“…Such difficulties are not only felt by women, although they are intensified in them, according to the social variables and responsibilities they occupy (Ferreira & Nogueira, 2013).…”
Section: Theoretical Frameworkmentioning
confidence: 99%
“…Minniti and Naudé (2010) show that female entrepreneurship prevalence rates tend to be relatively higher in developing countries than in developed countries because of greater barriers to entry into the formal labor market. Finally, Ferreira and Nogueira (2013) assert that there are no specific and universal reasons justifying the quest to start their own business. However, reasons for this search can also be an alternative positioning in the face of external changes caused by political, social and economic issues.…”
It is not allowed the use for commercial purposes. Este artigo pode ser copiado, distribuído, exibido, transmitido ou adaptado desde que citados, de forma clara e explícita, o nome da revista, a edição, o ano e as páginas nas quais o artigo foi publicado originalmente, mas sem sugerir que a RAM endosse a reutilização do artigo. Esse termo de licenciamento deve ser explicitado para os casos de reutilização ou distribuição para terceiros. Não é permitido o uso para fins comerciais. ABSTRACT Purpose: The objective of this study is to analyze the stimuli that lead women to leave formal jobs and seek self-employment. originality/value: Changes in the social patterns and lifestyle of the population have made research aimed at career and gender gain relevance. There is, however, a lack of research on women who have left their organizations and the main stimuli of this movement, exogenously and endogenously driven, which are relevant as result of social and cultural factors intrinsic to the family environment that leads to a career change. design/methodology/approach: The qualitative methodology of narrative analysis was used, adequate to the examination of the phenomenon in question.
Findings:The following stimuli were highlighted: self-fulfillment and search for flexibility; professional achievement; personal challenges; high level of career ambition; and search for a feminine identity. The results diverged in relation to the existing literature, mainly focused on exogenous factors. Although mentioning difficulties in reconciling work with domestic activities, the professionals under study, previously occupying formal positions in companies, did not perceive or did not undergo any type of limitation at work, such as the phenomenon of glass ceiling, difficulties in working on the masculinized leadership model, family pressures, and fear of misuse of sexuality. Entrepreneurship emerged mainly as a career option as a form of personal self-actualization and not through imposition arising from social, family or labor difficulties.
“…No caso do empreendedorismo, estudos mostram que, apesar do fenômeno criado pela cultura ser transmitido pelas diversas vias de subjetividade social e sofrer influência do sistema econômico adotado (no Brasil), aparece como uma característica que é constituída na infância NOGUEIRA, 2013). A visão sobre o futuro de seus negócios é o fator principal de sucesso de empreendedores bem-sucedidos e a família, sistema básico de relações de um empreendedor, acaba moldando os tipos de visão inicial que este futuro empreendedor possa ter (FILION, 1993 Ao buscar identificar os fatores que podem ser considerados como motivadores, facilitadores e dificultadores para empreender, Silveira e Fernandes (2012) relatam que a influência da família e dos meios sociais nos quais a pessoa está inserida é fundamental para o desenvolvimento da capacidade empreendedora.…”
RESUMOO objetivo deste trabalho é entender o papel da família na trajetória profissional das mulheres executivas brasileiras que chegaram aos primeiros escalões das grandes empresas operando no Brasil e das mulheres empreendedoras. Destaca-se a quase ausência de estudos no campo da administração no Brasil que investigam a possível relação entre o sucesso profissional e a influência da família, principalmente no caso de mulheres executivas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratória; dois estudos de caso comparativos com entrevistas semiestruturadas com 25 empreendedoras e 47 executivas (presidentes, diretoras e superintendentes) com idades de 30 a 70 anos. Adotou-se a análise de conteúdo. Enquanto as mães das executivas influenciaram no sucesso profissional devido à importância que deram aos estudos, as mães das empreendedoras influenciaram não apenas pelo enfoque nos estudos, mas também pela experiência empreendedora repassada de uma geração para outra.Palavras-chave: Importância dos estudos na trajetória profissional da mulher. Experiência empreendedora da mulher. Papel da família na trajetória profissional. Mulheres executivas.
ABSTRACTThis article aims to understand the role of the family in the professional lives of Brazilian female executives who have reached the top levels of management in large companies operating in Brazil, and female entrepreneurs. There are practically no studies in the field of management in Brazil that investigate the possible relationship between professional success and the influence of parents, especially among top executives. This is a qualitative, exploratory study consisting of two comparative case studies, with semi-structured interviews with 25 women entrepreneurs and forty-seven top women executives (CEOs, directors, and superintendents) aged between 30 and 70 years. For the analysis of the data, we used content analysis. We found that while the mothers of the women executives had influenced their success by stressing the importance of studying hard, the mothers of the women entrepreneurs had influenced their careers not only by enforcing to studying, but also through the entrepreneurial experience passed from one generation to the next.Keywords: Importance of education in women's professional lives. Women's entrepreneurial experience. Family role in the professional life. Female executives.Disponível em: www.univali.br/periodicos
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