Este estudo tem como objetivo geral compreender a influência dos aspectos cognitivos e afetivos nas trajetórias de mulheres empreendedoras na cidade do Natal – Rio Grande do Norte. Norteia-se pelo framework proposto por Nassif, Ghobril e Silva (2010), que considera a dinamicidade do processo empreendedor ao contemplar fatores como características pessoais, sociológicas e ambientais e as diferentes fases pelas quais passa uma organização. Julgou-se oportuno a realização de um estudo qualitativo e para viabilizar a consecução dos objetivos, utilizou-se o método da história oral temática. A pesquisa foi desenvolvida com dez mulheres empreendedoras da cidade do Natal - RN, que estão à frente de empreendimentos de três anos e meio a 30 anos de existência. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada, que foi transcrita e analisada utilizando a análise de conteúdo. Os resultados apontam que os aspectos afetivos têm significativa e constante relevância nas ações das empreendedoras em todas as fases de seus empreendimentos e que os aspectos cognitivos se tornam mais influentes à medida que os empreendimentos crescem e se desenvolvem no decorrer da trajetória empreendedora.
RESUMOEsta pesquisa propõe-se a explicar como os aspectos cognitivos e afetivos influenciam as ações de mulheres empreendedoras nas diferentes fases de desenvolvimento de um negócio. Norteia-se por um modelo que sugere que os aspectos afetivos são mais influentes nas ações dos empreendedores nas fases iniciais de um empreendimento e na medida em que este se desenvolve, os fatores cognitivos tornam-se mais presentes. Visando demarcar melhor tais períodos de evolução, foi integrada uma abordagem que aponta cinco fases de desenvolvimento de um negócio. Em termos metodológicos, trata-se de uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa. Dez participantes foram selecionadas de forma intencional entre as empreendedoras de uma cidade localizada na região Seridó do Rio Grande do Norte, para a realização de entrevistas. A técnica utilizada para a análise de dados qualitativos foi a análise de conteúdo temático. Dentre os resultados, a pesquisa identificou que na fase de nascimento do negócio, as empreendedoras investigadas agem influenciadas por aspectos afetivos e nas fases seguintes, quando há a percepção da necessidade de uma melhor organização, os aspectos cognitivos são mais influentes. O medo emergiu como um aspecto afetivo que permeia a ação das empreendedoras na fase de renovação e a capacidade de negociação, como um aspecto cognitivo evidenciado pelas empreendedoras da fase de declínio, sugerindo-se a incorporação desses dois aspectos em estudos futuros que tratem dessa relação em empreendedores.Palavras-chave: Empreendedorismo feminino; Aspectos cognitivos; Aspectos afetivos; Fases de um negócio.
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