“…Ou seja, passar de um momento colonial para um não colonial, como se fosse possível que seus padrões e traços desistissem de existir. Com este jogo linguístico, [passar de descolonial para decolonial], procuro mostrar que não há estado nulo de colonialidade, mas sim posturas, posições, horizontes e projetos para resistir, transgredir, intervir, in-surgir, criar e incidir 10 (Walsh, 2013, p.25, nota de rodapé, tradução nossa) Em nossos diálogos com as autoras e autores que denunciam os traços e efeitos da colonialidade, procuramos evidenciar a importância da decolonialidade como fonte de con-8 Além das colonialidades do poder, do saber e do ser, há uma discussão teórica profícua em relação à decolonialidade de gênero (Lugones, 2014;Rosa & Sachet, 2022;Sachet & Rosa, 2021). No entanto, não entraremos nessa discussão nesse artigo, porque esse tipo de colonialidade não é o foco presente neste.…”