IntroduçãoA empresa é um sistema aberto composta de vários subsistemas, os quais interagem entre si e com o meio ambiente.A interação da empresa com o meio, no qual está inserida, provoca influências recíprocas a empresa continuamente afeta e é afetada pelo meio ambiente.A assunção desta assertiva conduz à aceitação de que o resultado econômico da empresa não é decorrente, exclusivamente, de eventos provocados por ações implementadas pelos gestores.
1Há que se considerar, pois, a existência de eventos que ocorrem no meio ambiente, independentemente da implementação de qualquer ação do gestor e cujos reflexos causarão um maior ou menor impacto no patrimônio da empresa de acordo com a alocação dos seus recursos e obrigações são os impactos tempo-conjunturais.Os impactos tempo-conjunturais são ocorrências que afetam o valor patrimonial da empresa, em decorrência da passagem do tempo e de variáveis ambientais.O valor patrimonial da empresa, desta forma, é afetado na medida em que fica exposto às variáveis ambientais, quer sejam estas econômicas, sociais, políticas, tecnológicas, regulatórias, ou fortuitas. Embora o gestor não detenha o controle sobre as ocorrências externas à empresa, não está isento de responder pela correta alocação de recursos e obrigações que estão sujeitos a variações em função destas ocorrências, de forma a preservar o patrimônio da empresa.Conquanto os impactos tempo-conjunturais estejam refletidos em todas as áreas da empresa, algumas delas, pela própria natureza de suas atividades, são mais suscetíveis aos seus efeitos, como é o caso da área financeira, também denominada "banco interno". Para fins deste artigo, considera-se o "banco interno" como a área da empresa cuja missão é assegurar o fluxo de recursos financeiros requeridos pelas diversas áreas da empresa.1 Evento, neste contexto, deve ser entendido como uma classe de transações que possuem o mesmo impacto patrimonial. Transação, por sua vez, pode ser entendida como uma ocorrência que produz impacto patrimonial.