Abstract:Resumo: A mobilidade social de agricultores familiares em áreas de frentes pioneiras da Amazônia, durante muitos anos, esteve associada à migração geográfica, em busca de uma terra para trabalhar. O afastamento cada vez mais importante das terras, a modernização do comportamento dos jovens e o aumento do nível médio de estudo implicaram mudanças importantes nestas estratégias, uma vez que os agricultores preferem atingir a mobilidade social por meio dos estudos escolares e da migração para a cidade. Se esses d… Show more
“…Na pesquisa em questão, a cidade aparecia na representação dos rurais como um espaço associado ao cotidiano, sendo relacionada ao comércio, ao trabalho, ao ganho de dinheiro, ao acesso a serviços de saúde, e como um espaço de facilidades. Sartre et al (2016), ao analisarem a mobilidade de agricultores familiares em áreas de frentes pioneiras da Amazônia, averiguaram que a busca pelas cidades está relacionada ao desejo de estudar para alcançar bons empregos. Conforme também encontraram Braga et al (2014), essa representação apontaria para uma síntese das relações que os rurais elaboram a partir das suas necessidades e dos bens que consomem.…”
Section: A Representação Espontânea Dos Rurais Acerca Da Cidadeunclassified
Resumo: A relação entre campo e cidade vem se modificando de forma acentuada, especialmente, a partir das últimas duas décadas do século XX. O presente artigo fez uma análise da forma como a população rural de um pequeno município de economia cafeeira, localizado na Zona da Mata mineira, manifesta, por meio das suas representações de “campo” e “cidade”, a percepção de aproximações e diferenças quanto ao modo de vida rural e urbano na atualidade. O estudo teve um caráter cross-sectional, tendo sido realizado por intermédio de um questionário semiestruturado, com uma amostra representativa da população composta de 94 rurais. Na aplicação do questionário, utilizou-se da técnica de mesclagem de perguntas, que estimulavam respostas rápidas e espontâneas, com outras de cunho mais reflexivo. Com base nas respostas obtidas, o corpus para análise quantitativa de dados textuais foi preparado no software Alceste. Os resultados referentes às representações espontâneas e reflexivas manifestadas pelos rurais acerca da “cidade” e do “campo” revelaram uma visão social de mundo marcada pela perspectiva do pertencimento à dinâmica citadina, combinada com as marcas de ruralidade constitutivas de sua identidade.
“…Na pesquisa em questão, a cidade aparecia na representação dos rurais como um espaço associado ao cotidiano, sendo relacionada ao comércio, ao trabalho, ao ganho de dinheiro, ao acesso a serviços de saúde, e como um espaço de facilidades. Sartre et al (2016), ao analisarem a mobilidade de agricultores familiares em áreas de frentes pioneiras da Amazônia, averiguaram que a busca pelas cidades está relacionada ao desejo de estudar para alcançar bons empregos. Conforme também encontraram Braga et al (2014), essa representação apontaria para uma síntese das relações que os rurais elaboram a partir das suas necessidades e dos bens que consomem.…”
Section: A Representação Espontânea Dos Rurais Acerca Da Cidadeunclassified
Resumo: A relação entre campo e cidade vem se modificando de forma acentuada, especialmente, a partir das últimas duas décadas do século XX. O presente artigo fez uma análise da forma como a população rural de um pequeno município de economia cafeeira, localizado na Zona da Mata mineira, manifesta, por meio das suas representações de “campo” e “cidade”, a percepção de aproximações e diferenças quanto ao modo de vida rural e urbano na atualidade. O estudo teve um caráter cross-sectional, tendo sido realizado por intermédio de um questionário semiestruturado, com uma amostra representativa da população composta de 94 rurais. Na aplicação do questionário, utilizou-se da técnica de mesclagem de perguntas, que estimulavam respostas rápidas e espontâneas, com outras de cunho mais reflexivo. Com base nas respostas obtidas, o corpus para análise quantitativa de dados textuais foi preparado no software Alceste. Os resultados referentes às representações espontâneas e reflexivas manifestadas pelos rurais acerca da “cidade” e do “campo” revelaram uma visão social de mundo marcada pela perspectiva do pertencimento à dinâmica citadina, combinada com as marcas de ruralidade constitutivas de sua identidade.
Resumo: Este estudo buscou analisar as conexões entre a participação em manejo florestal comunitário (MFC) e as variáveis mobilidade, renda e desmatamento. O trabalho foi conduzido na região da rodovia Transamazônica, no Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Virola-Jatobá, em Anapu (PA), onde o MFC tem sido, desde 2006, uma das principais propostas do governo para conter o desmatamento, coibir a rotatividade ocupacional dos lotes e melhorar a renda. A análise de uma iniciativa de manejo florestal através de acordo empresa-comunidade indica que recursos derivados da venda de madeira não foram suficientes para conter a mobilidade espacial, reduzir o desmatamento e garantir a manutenção de meios de vida locais. Observações diretas em pesquisa-ação, de cunho antropológico, indicam que o MFC só será bem-sucedido se resultar de ação coletiva minimamente congregando os diversos e divergentes segmentos sociais do PDS. Identificou-se a resiliência de determinadas normas sociais locais em torno do cultivo da roça, como instituição camponesa, com potencial de gerar ação coletiva, inclusive para o manejo florestal. Considerando-se a diversidade de atores e a complexidade de contextos, conclui-se que o ajuste dessas normas sociais locais articulando a produção agrícola com o manejo florestal é condição essencial para a efetividade do MFC e de uma reforma agrária ambientalmente diferenciada.
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