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Este artigo apresenta os resultados de uma taxonomia espacial dos municípios de pequeno porte do Sudeste brasileiro, sob a ótica da dinâmica demográfica. Não obstante, através do olhar geográfico foi possível perceber as nuances existentes entre os subespaços compostos por estes pequenos municípios, a partir dos dados do Censo Demográfico de 1991, 2000 e 2010. Segundo o IBGE em 2010, 1.430 municípios apresentavam população inferior a 50.000 habitantes. Estes municípios, considerados como de pequeno porte, foram submetidos à uma tipologia baseada na associação das variáveis demográficas: taxa anual média de crescimento populacional, saldo migratório e grau de urbanização. Os resultados evidenciaram 435 pequenos municípios em situação de crescimento populacional (dinâmicos), 817 com crescimento estável (semi-estagnados) e 177 pequenos municípios com perdas populacionais (debilitados). A taxonomia espacial desenvolvida pode reforçar a compreensão e identificação dos papéis dos pequenos municípios em análise e das recentes tendências socioeconômicas destas unidades territoriais.
RESUMOEste artigo trata da mobilidade socioespacial dos rurais em pequenos municípios situados na Microrregião de Viçosa, região agrícola de forte presença do café. A mobilidade dos habitantes do campo, nestes pequenos municípios, tem se intensificado mediante a maior facilidade de acesso aos meios de transporte e comunicação que viabilizam a aproximação corriqueira com a cidade. Esta interação permite aos rurais estabelecerem múltiplas espacialidades, resultantes dos deslocamentos que realizam aos seus espaços de afinidade. O presente artigo objetivou compreender e identificar os espaços frequentados e ocupados pelos rurais na cidade, por compreender que os mesmos são reveladores do vínculo de pertencimento que estabelecem com à cidade. O estudo foi realizado no pequeno município de Araponga, situado na Mesorregião da Zona da Mata mineira, o qual tem na cafeicultura a base de sua economia. Realizou-se uma pesquisa cross-sectional com uma amostra representativa da população, composta por 94 habitantes da zona rural. Buscou-se identificar na pesquisa quais eram os espaços mais frequentados pelos rurais na cidade. Os resultados revelaram vieses de gênero na construção das espacialidades citadinas, as quais se configuraram como predominantemente locais e denotaram o sentimento de pertencimento dos rurais à vida da cidade.Palavras-chave: campo; cidade; rurais; espacialidades. ABSTRACTThis article talks about the socio-spatial mobility of the rurals in small counties located in the micro region of Viçosa, agricultural region of strong presence of coffee. The mobility of the countryside inhabitants in these small counties has been intensified due to the greater ease of access the means of transportation and communication that enable the everyday approach with the city. This interaction allows the rurals to estabilish multiple spatialities, resulting from the displacements that they make to their afinity spaces. The present article aimed to understand and identigy the spaces attended and occupied by the rurals in the city, by understanding that the same are developers of the belonging bonds they estabilish with the city. This study was realized in the small county of Araponga, located in the meso region of Forest Zone of Minas Gerais State, which has in the coffee crops the base of its economy. A cross-sectional survey was conducted with a representative sample of population, composed by 94 inhabitants of the countryside. We sought to identify in the rerearch whuch were the most attended spaces by the rurals in the city. The results revealed gender biases in the construction of city spatialities, in which configured as predominantly local and denoted the sense of belonging of the rurals to the life of the city.
RESUMOEste artigo teve por objetivo compreender como as variáveis relacionadas ao tipo de trabalho, à renda, ao acesso a bens de consumo, a serviços e tecnologias da informação e da comunicação manifestam-se no perfil das famílias que habitam o campo no Brasil. Utilizou-se dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD), referentes ao estado de Minas Gerais. Observou-se, em termos dos resultados finais, que o processo de mudança do modo de vida rural se dá de forma mais visível nas variáveis relacionadas ao consumo, no que se refere ao acesso à bens e serviços de origem urbana. KEYWORDS ABSTRACTThis article aimed to understand how variables related to the type of work, income, access to goods, services and information and communication technologies are the profile of families inhabiting the field in Brazil. We used data from the National Household Sample Survey (PNAD), refering to the State of Minas Gerais. It was observed, in terms of final results, that the process of change of the rural way of life is most visible in the consumption-related variables, as regards access to goods and services of urban origin.
A mobilidade tem sido objeto de numerosos estudos. No entanto, este fenômeno tem sido estudado como se ele fosse tipicamente citadino. Todavia, o deslocamento entre o campo e a cidade realizado pelos rurais de forma rotineira revela novas dimensões sociodemográficas dos pequenos municípios, pós-anos 1990. O objetivo deste artigo foi, justamente, analisar a mobilidade campo-cidade em pequenos municípios, em sua faceta cotidiana, rotineira. O estudo foi realizado em um pequeno município de economia agrícola situado na Zona da Mata de Minas Gerais. Os resultados mostraram que a mobilidade rotineira dos rurais entre o campo e a cidade não se constituía em um fenômeno exclusivamente citadino. As idas à cidade estiveram relacionadas, prioritariamente, à esfera do consumo pessoal e aos modos de morar. A mobilidade dos rurais à cidade evidenciou, ainda, contornos de gênero e de renda. Os homens, adultos e aposentados, deslocavam-se mais para a cidade em função de possuírem acesso direto aos meios de transporte dentro da família. Já as senhoras aposentadas eram aquelas, dentre as mulheres, que mais se deslocavam. Contudo, tal deslocamento era realizado, invariavelmente, mediante gastos com táxi ou motorista para a cidade, diferentemente do que acontecia com os homens.
A região Sudeste, a mais dinâmica do Brasil em todo o século XX, responde por uma parcela expressiva da economia brasileira. Em 2010, essa região possuía 1.668 municípios, dentre eles grandes metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, que envolvem uma extraordinária infraestrutura produtiva. Este estudo teve como objetivo principal avaliar a força de trabalho migrante nos municípios de pequeno porte do Sudeste, nas três últimas décadas, com intuito de apontar novas tendências econômicas, bem como refletir sobre o papel desses municípios como centralidades emergentes. Utilizou-se os microdados do censo demográfico de 1991, 2000 e 2010 dado sua cobertura geográfica e amplo leque de variáveis que concentram, possibilitam o delineamento de uma rede de fluxos migratórios de trabalhadores. Os resultados permitiram indicar aspectos amplos do comportamento econômico regional no Sudeste brasileiro e demonstraram a existência de arranjos espaciais compostos por pequenos municípios protagonistas de práticas não unicamente centradas na agricultura, como em outrora. RESUMO: A região Sudeste, a mais dinâmica do Brasil em todo o século XX, responde por uma parcela expressiva da economia brasileira. Em 2010, essa região possuía 1.668 municípios, dentre eles grandes metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, que envolvem uma extraordinária infraestrutura produtiva. Este estudo teve como objetivo principal avaliar a força de trabalho migrante nos municípios de pequeno porte do Sudeste, nas três últimas décadas, com intuito de apontar novas tendências econômicas, bem como refletir sobre o papel desses municípios como centralidades emergentes. Utilizou-se os microdados do censo demográfico de 1991, 2000 e 2010 dado sua cobertura geográfica e amplo leque de variáveis que concentram, possibilitam o delineamento de uma rede de fluxos migratórios de trabalhadores. Os resultados permitiram indicar aspectos amplos do comportamento econômico regional no Sudeste brasileiro e demonstraram a existência de arranjos espaciais compostos por pequenos municípios protagonistas de práticas não unicamente centradas na agricultura, como em outrora.
O semiárido brasileiro é uma região caracterizada pela vulnerabilidade climática e por longos períodos de estiagem. Nela, há décadas atrás, observavam-se baixos índices de desenvolvimento local. Estes fatores combinados, ainda hoje, contribuem para a manutenção dos discursos que consideram o semiárido, "uma região-problema". Contudo, a partir da década de 1980, surgiram propostas de convivência com a seca, através de olhares atentos que entendiam que a seca não representava um entrave à reprodução das famílias rurais. Neste sentido, ao longo do presente estudo, se enfatiza que a convivência com o semiárido deve ser feita através de um conjunto de medidas orientadas pelos atores sociais que vivem nesta região, capazes de formular projetos sob a ótica dos saberes e práticas locais. Nessa perspectiva, buscou-se analisar as relações entre esses discursos com os conceitos de região e de rede socioterritorial. Ademais, procurou-se investigar a realidade do Semiárido, no contexto do Estado de Minas Gerais e as práticas de convivência, através da análise descritiva de informações divulgadas pelo Boletim Candeeiro no período de 2009 a 2017. Por meio desta análise foi possível identificar inúmeras ações de convivência com a seca que garantiram melhorias para a vida rural, alcançadas, sobretudo, pela atuação de redes conformadas por entidades diversas.
As migrações realizadas entre os municípios de pequeno porte do Sudeste brasileiro revelam a existência de novas tendências demográficas. O objetivo deste artigo é averiguar as configurações territoriais associadas à dinâmica migratória nestas localidades. Para sua consecução foram analisados os microdados dos censos demográficos de 1991, 2000 e 2010 produzidos pelo IBGE. Considerou-se como municípios de pequeno porte, aqueles que apresentavam população inferior a 50 mil habitantes, totalizando 1.430 localidades. Os resultados evidenciaram que uma parcela considerável destes municípios experimentou aumento no ritmo de crescimento demográfico quando comparado a outros municípios de maior porte demográfico. Além disso, participaram expressivamente do processo de redistribuição espacial da população, constituindo em importantes núcleos de atração populacional. Tal fato, sugere o fortalecimento de determinados centros regionais e um maior dinamismo da economia local.
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