Metodologias Ativas na formação profissional em saúde: uma revisão

Abstract

A formação profissional em saúde, historicamente, tem sido baseada em métodos de ensino tradicionais, fundamentados numa formação conteudista e tecnicista. No entanto, nas últimas décadas, tem se discutido a respeito da eficiência desse modelo em formar profissionais com espírito crítico reflexivo, aptos a resolver problemas na sua realidade, conforme previsto pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s). Neste contexto, se abrem as discussões sobre o uso de metodologias ativas na formação profissional em saúde. O objetivo deste estudo é analisar a produção científica sobre o uso de metodologias ativas na formação profissional em saúde. Pretende se ainda, discorrer brevemente sobre a formação e atuação do docente da área de saúde. Trata-se de uma revisão narrativa realizada a partir da pesquisa bibliográfica em artigos científicos indexados nas bases de dados Scielo, e Capes Periódicos, livros, documentos públicos e outras publicações de cunho científico disponíveis on-line. A literatura tem se reportado às metodologias ativas como estratégia relevante no Ensino em Saúde, capaz de estimular no discente a autonomia, a reflexão, a criticidade e a capacidade de solucionar impasses, aproximando o conhecimento teórico e técnico da realidade. Apesar do crescente movimento para o uso dessas metodologias, evidencia-se uma predominância ao ensino tradicional. O uso das metodologias ativas constitui ainda um desafio, pois, requer a ruptura de paradigmas e revela uma ausência e/ ou deficiência na formação pedagógica dos docentes. Percebe-se ainda, uma escassez de estudos que abordem os aspectos avaliativos bem como, o nível de satisfação dos estudantes da saúde no âmbito das metodologias ativas.

Whatsapp como ferramenta de ensino: inovando no aprendizado em enfermagem

“…Na formação em saúde, as Instituições de Ensino Superior tem sido cobradas, no sentido de formar profissionais pró ativos, que estejam preparados para trabalhar com as demandas da sociedade contemporânea, e que possam ser agentes de transformação da realidade (Colares & Oliveira, 2018). Em acordo com esta afirmação, estão as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) dos cursos da área da saúde, as quais sinalizam a necessidade de um ensino crítico-reflexivo e a da implementação de metodologias que estimulem o aluno a refletir sobre a realidade social e aprenda a aprender (Brasil, 2001).…”

Dinâmica participativa com cipeiros prisionais: prática de saúde no combate à desinformação e estigmatização da tuberculose

“…Trata-se de um relato de experiência sobre uma metodologia ativa de dialogia e debate (Pereira et al, 2018) que teve como intuito verificar o conhecimento dos cipeiros prisionais e difundir informações para a vivência diária destes profissionais no que se correlaciona ao trato e manejo do paciente com tuberculose. Em consonância ao cenário atual de metodologias ativas no processo de ensino-aprendizagem, esta atividade buscou desvincular-se do modelo tradicional de ensino expositivo (palestras) e trazer o próprio aluno, neste caso o próprio funcionário, como protagonista do ensino (Colares & Oliveira, 2018 O evento iniciou-se com uma mesa redonda acerca de manifestações do stress no ambiente de trabalho, com foco em síndrome de Burnout (estado de estresse exacerbado causado pela sobrecarga de trabalho) e com a abordagem da depressão ocupacional. Logo após, os participantes foram divididos de forma aleatória em oficinas temáticas, dentre as quais se encontrava a presente atividade sobre conhecimentos em tuberculose, para a qual vinte e seis profissionais da CIPA foram lotados.…”

“…Tal necessidade de intervenções de cunho formativo também pode ser justificada pela escassez de práticas que busquem atingir o funcionalismo penitenciário como um todo, e, não somente aqueles atrelados ao departamento de saúde penitenciária (Colares & Oliveira, 2018). Espera-se que os cipeiros (pelo neologismo entende-se funcionários pertencentes a CIPA -Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) das unidades prisionais sejam emissários responsáveis por disseminar conhecimento em suas respectivas unidades, implementando ações e formando sujeitos ativos e engajados no combate a situações de risco iminentes, como o contágio por doenças infectocontagiosas (NR5, 2018).…”

Contribution of an instructional module for lymph node evaluation: An experiment

“…Teaching new content and new practices should be challenging to allow students to advance their knowledge and skills ( 10 ) ; for such, the active methodology is proven to be an effective teaching strategy ( 11 ) , favors the teaching-learning process ( 12 ) , reduces the patient’s exposure to risks ( 13 ) and guides the development of skills, clinical reasoning and decision-making ( 14 ) .…”