“…Para corroborar esse ponto, basta consideramos um número especial sobre a metodologia da pesquisa arqueológica, publicado no Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi e organizado por Denise M. C. Gomes (2013). Nos artigos, um conjunto de técnicas mais recentes empregadas pela arqueologia é descrito de tal forma que uma breve olhada permite constatar uma crescente tecnocientificidade da disciplina, em que se tornam indispensáveis técnicas oriundas da computação, da caracterização físico-química dos vestígios, da aplicação da geofísica: flotação, recuperação de macrovestígios vegetais, análise de pólen, fitólitos, extração de microvestígios, análise química dos pisos de ocupação e traceologia lítica; uso conjugado de registros tradicionais, como fotografia e decalques com papel vegetal e lápis, ou com uso de tecido branco e carbono, técnicas de laser scanning terrestre e fotogrametria de luz estruturada; técnicas de fluorescência de raios X, microscopia eletrônica de varredura, espectroscopia por dispersão de energia; uso de radar de penetração no solo (GPR); e utilização do Sistema de Informação Geográfica (SIG), que permite "visualizar por meio de mapas a associação de diferentes variáveis relacionadas à localização, cor do solo, quantidade de artefatos, profundidade e topografia" (Gomes, 2013: 513-516).…”