Abstract:Uma das mais importantes dimensões do impacto da globalização nas políticas e práticas educacionais foi o aumento das medições comparativas em grande escala do desempenho dos sistemas educativos nacionais. Neste artigo, meu argumento é que em vez de esse desenvolvimento ter respaldado e promovido um debate acerca do bom ensino, essas medições substituíram as perguntas normativas sobre as orientações e os ganhos educacionais desejáveis por perguntas técnicas sobre a produção eficaz de um conjunto particular (e … Show more
“…Gradativamente, o que ganha consistência é a arbitragem da razão, que supõe uma noção de "sujeito" como elemento de uma espécie, de uma comunidade, enfim, de um grupo cuja solidariedade é garantida pela mediação social. O mundo sem expansão é tecido na ideia de sujeito que se integra no universo da existência em comum (ROCHA, 2006;BIESTA, 2018). Rocha (2006) sustenta que a sociedade que se estrutura técnica, política e socialmente alarga o sentido de mundo através da estratificação em classes diferentes pela divisão do processo de trabalho, da especialização de funções, das noções de direito e deveres e da submissão ao soberano.…”
Section: A Perspectiva Diante Das Diferenças De Docentes No Ensino Su...unclassified
A representação de professores no ensino superior brasileiro é desigual de acordo com os dados estatísticos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (BRASIL, 2020) quanto ao gênero, à raça, etnias, pessoas com deficiência e identidades de gênero. Isto ocorre por diversos contextos históricos, culturais e no que concerne a padrões e diferenças. Buscamos neste estudo um diálogo com os pensadores Marx, Vygotsky e Deleuze, que destacam conceitos importantes à discussão pertinente para refletirmos a realidade da contemporaneidade educacional. O objetivo deste estudo é analisar os norteadores teóricos que abordam a diferença, educação e o trabalho, dialogando com a presença dos diferentes grupos identitários na docência da educação superior. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho descritivo e caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica. Os resultados provenientes da pesquisa destacam a importância da discussão e exposição das diferenças, que não configuram o cenário da educação superior brasileira, devido à homogeneização, que dificulta o ingresso de professores universitários considerados fora do padrão, bem como a lucratividade e mercantilização existente no âmbito educacional. A sociedade normativa precisa ser transformada para que as diferenças não sejam impeditivas de ingresso laboral e que existam condições equitativas aos cargos na educação.
“…Gradativamente, o que ganha consistência é a arbitragem da razão, que supõe uma noção de "sujeito" como elemento de uma espécie, de uma comunidade, enfim, de um grupo cuja solidariedade é garantida pela mediação social. O mundo sem expansão é tecido na ideia de sujeito que se integra no universo da existência em comum (ROCHA, 2006;BIESTA, 2018). Rocha (2006) sustenta que a sociedade que se estrutura técnica, política e socialmente alarga o sentido de mundo através da estratificação em classes diferentes pela divisão do processo de trabalho, da especialização de funções, das noções de direito e deveres e da submissão ao soberano.…”
Section: A Perspectiva Diante Das Diferenças De Docentes No Ensino Su...unclassified
A representação de professores no ensino superior brasileiro é desigual de acordo com os dados estatísticos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (BRASIL, 2020) quanto ao gênero, à raça, etnias, pessoas com deficiência e identidades de gênero. Isto ocorre por diversos contextos históricos, culturais e no que concerne a padrões e diferenças. Buscamos neste estudo um diálogo com os pensadores Marx, Vygotsky e Deleuze, que destacam conceitos importantes à discussão pertinente para refletirmos a realidade da contemporaneidade educacional. O objetivo deste estudo é analisar os norteadores teóricos que abordam a diferença, educação e o trabalho, dialogando com a presença dos diferentes grupos identitários na docência da educação superior. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho descritivo e caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica. Os resultados provenientes da pesquisa destacam a importância da discussão e exposição das diferenças, que não configuram o cenário da educação superior brasileira, devido à homogeneização, que dificulta o ingresso de professores universitários considerados fora do padrão, bem como a lucratividade e mercantilização existente no âmbito educacional. A sociedade normativa precisa ser transformada para que as diferenças não sejam impeditivas de ingresso laboral e que existam condições equitativas aos cargos na educação.
“…sentido,Duarte et al (2012) abordam as avaliações de proficiência em língua portuguesa e matemática que o Ministério da Educação tem feito nas escolas brasileiras, tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio, partindo do pressuposto de que documentos oficiais preconizam o "pleno" domínio da escrita e do cálculo.O referencial teórico foiSmolka (2003) eBakhtin (1988) que considera a linguagem como atividade discursiva. Argumenta que o ensino-aprendizagem da leitura e da escrita do ponto de vista discursivo deve considerar a dimensão ideológica, sócio-histórica e dialógica da linguagem(BAKHTIN, 1988), deve considerar, portanto, o fenômeno social da interação verbal. "Conforme o exposto, é preciso que a concepção de leitura e de escrita como atividade discursiva seja levada à sala de aula, e o professor deixará de ser mero repetidor de conteúdos idênticos ano após ano".…”
Este texto problematiza sentidos atribuídos à leitura e à escrita no contexto dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Insta, a partir dos resultados da Revisão Sistemática de Literatura (RSL), discutir tal relação nos estudos acadêmicos desenvolvidos em um intervalo de dez anos. Esse enfoque possibilita compreender a flutuação retórica de comunidades epistêmicas (DIAS e LOPES, 2006) acerca do tema em tela, indicando discursos e projeções de identidade aos leitores e à leitura, ao passo que situa a relação estabelecida entre leitura e escrita no bojo das práticas escolares com crianças. O aporte teórico estratégico assumido é a Teoria do Discurso de Ernesto Laclau (2011; 2013) e a perspectiva discursiva de currículo a partir de Lopes e Macedo (2011), Pinar (2016) e Santos (2017; 2019). Como resultado da RSL, foi possível destacar, ainda que inicialmente, que as atividades de leitura e escrita são condensadas por meio da significação de alfabetização e letramento, algo evidenciado também nos documentos curriculares hodiernos. Destaca-se a centralidade da proficiência como significante estruturante das políticas educacionais para a Educação Básica. A demanda por proficiência em leitura e escrita, conforme indicam os estudos, disputa espaço com o trabalho textual desenvolvido pelos professores. De modo hegemônico, nesse contexto retórico, destacam-se teorias e perspectivas cognitivas para o trabalho com a linguagem na sala de aula, deixando a perspectiva dialógica e cultural à margem dos processos de ensino-aprendizagem nos anos iniciais. Tal essencialização dos processos de ensino-aprendizagem na validação de proficiências artificializa e promove performatividade (Ball, 2010) entre as crianças. Tais experiências com a leitura e a escrita são pouco potencializadoras para o desenvolvimento integral desses sujeitos em contextos escolares, intencionalidade retoricamente evocada para a formação de sujeitos escolares nas políticas curriculares.
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