Medicalização e governo da vida e subjetividades: o mercado da saúde

Abstract

Este artigo apresenta uma análise da literatura a respeito de medicalização, a partir da biopolítica no neoliberalismo. A construção do mercado da saúde coloca em cena um conjunto de tecnologias de governo de condutas que forja subjetividades saudáveis e controladas pelas prescrições de saúde e segurança. Os efeitos dessas práticas medicalizantes atravessam e fabricam corpos e populações, instrumentalizados pela gerência de risco e perigo, pela prevenção e controle do futuro, em nome da vida e da saúde, prolongadas ao extremo. Nesse aspecto, o objeto desse artigo é problematizar por meio de uma abordagem histórica, baseada em Foucault, a emergência do biocapital e da bioeconomia, como táticas de normalização e normatização das condutas pela biocidadania; e no âmbito das leis que reivindicam o direito à saúde, como estratégia.

Health Promotion Practices and Michel Foucault: A Scoping Review

“…Of the 34 articles included in this review, the publication period was from January 2006 to July 2019, and the most significant number of articles were published in 2010 and 2014 (5 each year). Fourteen studies were developed in Brazil 11 -24 and 1 in Argentina. 25 Nine studies were developed in Europe: 4 in the United Kingdom, 26 -29 2 in Denmark, 30,31 2 in Sweden, 32,33 and 1 in Belgium.…”

“…The articles addressed the following HP practices: 13 addressed governmental and international organization HP policies and programs; 12,15,18,21 -24,26,30,32,33,37,39 8 addressed health education, medication adherence and change of habits carried out in individual appointments; 16,19,20,27,29,31,34,40 one addressed aging and physical activity 11 ; one addressed healthy eating and physical activity 36 ; 3 addressed health education campaigns for the prevention of infectious diseases with a behavioral approach 25,38,44 ; one addressed HP in the work environment 28 ; one addressed HP in the school space 43 ; one addressed traffic behavior and alcohol consumption while driving. 17…”

El perfil de usuarios de benzodiazepinas en servicios de atención primaria de la salud de la ciudad de Chapecó, Santa Catarina, Brasil

“…Al concebir los problemas sociales como enfermedades que pueden ser tratadas, la medicina opera mecanismos de control social (34) . De allí surge el concepto de farmacologización, que cuestiona el consumo de píldoras con la intención de una rápida resolución de los problemas vivenciados, relacionados tanto con el sufrimiento físico como mental (35) .…”

Fármacos, remédios, medicamentos: o que a Educação tem com isso?

“…Os sentimentos são considerados inadequados. Nessa perspectiva, os medicamentos contemplam não somente as expectativas de cura e/ou alívio, mas constituem uma forma de "gestão da vida e das problemáticas" oriundas do enfrentamento cotidiano com os inesperados, as frustrações, os insucessos e as adversidades inerentes à própria vida (GALINDO et al, 2016). À medida em que as doenças são entendidas como consequência do comportamento individual, como geralmente acontece na instância das atividades laborais, o trabalhador passa a ser considerado culpado pelo próprio adoecimento (BARROS; GRADELA, 2017).…”