Desde o início, chama a atenção em relação à Covid-19 a existência de grupos de risco, especialmente vulneráveis à infecção e sabe-se que, no momento da gestação, as alterações gravídicas são capazes de tornar a mulher susceptível, assim como comorbidades prévias. Portanto, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, que buscou evidenciar as principais complicações decorrentes da infecção por SARS-CoV-2 durante o período gestacional. Foi encontrado que alterações fisiológicas e imunológicas que acompanham a gravidez podem aumentar a suscetibilidade ao patógeno viral recém-emergente e a gravidade da infecção, como a febre e a hipoxemia secundárias ao estágio hiperinflamatório agudo da doença, além da presença de comorbidades prévias como hiperglicemia, cardiopatias, obesidade, dentre outros. Ademais, nesses casos, é necessário que haja um diagnóstico precoce da doença, orientações adequadas aos diversos níveis de prevenção, considerando gestantes e puérperas como grupo de risco para o desenvolvimento de formas graves ou fatais, e, além do mais, manter o acompanhamento pré-natal sequencial, assim como a manutenção da estratificação de risco gestacional a cada atendimento.