“…Outro elemento que reforça tais constatações é a produção recente de investigações que tematizam as relações de gênero e sexualidade nas lutas. Destacam-se os seguintes resultados: (i) a prática de distintas modalidades de lutas têm contribuído para a visibilidade da performatividade de feminilidades plurais (FERNANDES et al, 2015;FERNANDES;MOURÃO, 2014;SALVINI;JÚNIOR, 2016); (ii) os motivos das mulheres optarem pela prática de lutas relacionam-se com a melhoria de saúde e ao ganho estético, diferenciando-se de ritos e códigos tradicionais das lutas (SILVA et al, 2015); (iii) as mulheres preferem modalidades de lutas que hipertrofiam membros inferiores, como a capoeira, taekwondoo, etc (FERRETI, 2011); (iv) há uma necessidade das mulheres se masculinizarem para serem aceitas nas lutas (FERRETTI, 2011); (v) existe uma produção normativa do corpo da mulher que luta, como é o caso da criação da categoria peso galo no MMA feminino, com claros objetivos de enaltecer as supostas características de "mais femininas e sensuais" (SALVINI; JÚNIOR, 2016).…”