2018
DOI: 10.5007/2175-8042.2018v30n56p29
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As relações das meninas com os saberes das lutas nas aulas de Educação Física

Abstract: Com base na teoria da “relação com o saber” de Bernard Charlot, esta investigação teve comoobjetivo analisar as relações de sentido e a mobilização das meninas com os saberes das lutas.Para tanto, este estudo utilizou: (i) observação de aulas do conteúdo judô em uma turma do 7ºano do Ensino Fundamental; e (ii) entrevistas semiestruturadas com 17 alunos da turma. Osresultados indicaram menor mobilização das meninas em comparação aos meninos. Oselementos desfavoráveis à mobilização feminina foram separados em tr… Show more

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“…Por fim, considerando o Modelo 3, observamos que, ao fixarmos os efeitos da regressão por escola, somente a variável Meninas manteve significância estatística para um intervalo de confiança de 95%. Neste caso, os valores de TAEF das meninas, mantendo as demais variáveis constantes em suas médias, são 15,5 minutos Esses resultados são consistentes com outras pesquisas que destacam a menor participação das meninas em atividade física 9 e que destacam alguns pontos que se colocam como barreiras à participação equitativa delas: (i) a separação das turmas ou atividades pelo critério do sexo biológico, que destina menor tempo às meninas 7 ; (ii) a generificação dos conteúdos trabalhados nas aulas, que cria discriminação e segregação 6 ; (iii) o domínio dos meninos sobre os espaços destinados a execução das atividades propostas durante as aulas, que dificulta a participação protagonista das meninas 6,22 . Ou seja, a evasão das meninas das aulas de EF é uma realidade presente em algumas instituições escolares do país e as barreiras elencadas reduzem os graus de gosto e importância atribuídos à disciplina curricular por elas, influenciando para o surgimento desse cenário 23 .…”
Section: Métodounclassified
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“…Por fim, considerando o Modelo 3, observamos que, ao fixarmos os efeitos da regressão por escola, somente a variável Meninas manteve significância estatística para um intervalo de confiança de 95%. Neste caso, os valores de TAEF das meninas, mantendo as demais variáveis constantes em suas médias, são 15,5 minutos Esses resultados são consistentes com outras pesquisas que destacam a menor participação das meninas em atividade física 9 e que destacam alguns pontos que se colocam como barreiras à participação equitativa delas: (i) a separação das turmas ou atividades pelo critério do sexo biológico, que destina menor tempo às meninas 7 ; (ii) a generificação dos conteúdos trabalhados nas aulas, que cria discriminação e segregação 6 ; (iii) o domínio dos meninos sobre os espaços destinados a execução das atividades propostas durante as aulas, que dificulta a participação protagonista das meninas 6,22 . Ou seja, a evasão das meninas das aulas de EF é uma realidade presente em algumas instituições escolares do país e as barreiras elencadas reduzem os graus de gosto e importância atribuídos à disciplina curricular por elas, influenciando para o surgimento desse cenário 23 .…”
Section: Métodounclassified
“…Outro fator desmobilizante para uma participação mais ativa das meninas nas aulas é a ausência de intervenção dos docentes, num esforço em tornar esses ambientes mais colaborativos e harmoniosos 6 . Além disso, embora meninos e meninas convivam juntos nas aulas, pesquisas etnográficas registram que, enquanto eles dominam os espaços e tempos de prática efetiva da EF, elas muitas vezes se concentram nas margens e na periferia das quadras, constituindo um "pedacinho (im)praticante" 24 ou uma prática "mascarada", isto é, pouco protagonista 5,22 .…”
Section: Métodounclassified
“…Estudos anteriores sobre o tema descrevem fatores que têm afastado as estudantes de uma valoração positiva da EF. Dentre tais fatores estão: a falta de confiança em suas próprias habilidades, vergonha de se expor frente ao olhar e julgamento alheio, vergonha de se arriscar em atividades que ainda não dominam e a própria forma como os meninos dominam o espaço das aulas de EF (Oliver & Hamzeh, 2010;Uchoga & Altmann;2016;Okely et al, 2017;So, Martins & Betti;2018). Desta forma, podemos inferir desses indicativos da literatura de que um, ou a combinação de vários desses fatores, possa ter interferido nas preferências relatadas pelas alunas.…”
Section: Gostounclassified
“…Nesta categoria estão reunidos os artigos que focalizaram a participação feminina e masculina nas aulas de EF, o papel do professor diante das relações assimétricas de poder entre meninos e meninas, bem como as questões relacionadas a determinados conteúdos esportivos destinados aos homens ou às mulheres (KERNE, 2014;UCHOGA;ALTMANN, 2015;JACÓ;ALTMANN, 2016;SO;BETTI, 2018;ALTAMANN et al 2018;GARCIA;BRITO, 2018). Uchoga e Altmann (2015) destacam que fatores como a confiança nas próprias habilidades e arriscar-se em novos aprendizados interferem na participação de meninos e meninas nas au-las de EF, ocasionando um maior envolvimento masculino nessa disciplina.…”
Section: Gênerounclassified