As relações humanas com a natureza são elementares para problematizarmos os caminhos que queremos seguir enquanto sociedade e se nos consideramos ou não parte da natureza. A sobreposição ser humano-natureza na cultura ocidental, diferentes dos povos da floresta com seus saberes tradicionais e suas matrizes culturais, arrastaram a sociedade moderna para crises atrás de crises, no meio ambiente e nas relações socioeconômicas, com um modelo social hegemônico, que produz desordens como a doença Covid-19, favorecedor de sua rápida disseminação, tornando-a uma pandemia. A Amazônia, com sua biodiversidade, possibilitou aos povos tradicionais que nela vivem integrarem-se e, assim, eles se enxergam nos processos complexos desse grande sistema. Os saberes locais e tradicionais produzidos nesta interação biodiversa possibilitaram modos de vida, onde a floresta e as economias são reflexos, mesmo que em microcosmos econômicos, da diversidade intrÃnseca da Amazônia. Em um perÃodo de reflexão sobre o que nos trouxe até aqui, como os saberes amazônicos podem nos ajudar a pensar o antigo e o novo, em meio à pandemia da Covid-19? É o que discutiremos nesta obra.