Leptospirose E Enchentes:uma Falsa Correlação?

Abstract

Admite-se, geralmente, que ratos se dispersam com as enchentes e que as bactérias são disseminadas por sua urina. Um estudo retrospectivo de casos humanos de leptospirose ocorridos entre 1991 e 1996, no estado de Santa Catarina e na grande Florianópolis, Brasil, confirmados por sorologia, correlaciona a incidência de chuvas com os casos humanos de leptospirose. Entretanto, uma análise mais detalhada dos dados primários sugere uma hipótese alternativa que dependerá de confirmação futura. A correlação entre enchentes e surtos epidêmicos poderia ser espúria, como sugere a análise da coincidência desses eventos, naquele período, com os dados sobre casos notificados, solicitações de exames e mortalidade.

Portrait of leptospirosis in the State of Acre, Brazil

“…This occupational association is reported mainly in countries whose outstanding activities are agricultural [13]. In urban areas, the professionals most exposed to infection are the cleaners of water tanks, drains and ditches [14], while in rural areas who work with the preparation of animal food and deal with cattle, example of cowboys, veterinarians and slaughterhouse workers are more likely to contract the disease [15].…”

“…In this regard, the current explanation about the effect of flooding and floods in case of occurrence of said condition, is that these phenomena facilitate the dispersion of transmitters animals and their urine contaminated by pathogenic bacteria [14]. In addition, the weather conditions are decisive for the occurrence of infectious diseases, to the extent that climate variability and extreme event, s such as floods, can accelerate the transmission cycle or even provide increased of its coverage area [25].…”

Leptospirose humana no estado do Rio de Janeiro: análise espaço-temporal e perfil dos casos confirmados no período de 2007 a 2014

“…Cães ARTIGO podem ser importantes sentinelas da presença do agente na área, além de fator de risco para a enfermidade em humanos 11,12 .…”

“…Por outro lado, é importante ressaltar que nos períodos de seca, o sistema de vigilância epidemiológica tende a não suspeitar de doenças sazonais de verão, a não ser quando o quadro clínico é muito sugestivo, o que -no caso da leptospirose -costuma estar associado à presença de icterícia. Desse modo, casos de leptospirose com clínica menos evidente ou atípica podem ser considerados como síndromes gripais ou outras viroses, quando ocorrem fora dos meses quentes e chuvosos 11 .…”

“…Já no período seco, o aparecimento de casos, se relaciona a outros fatores de risco, ocasionados por precárias condições de moradia e saneamento 19 e também por atividades profissionais de risco e contato com ambiente contaminado por reservatórios animais. O contato com solo contaminado por urina de cães pode estar entre os fatores de risco para a leptospirose no domicílio e peridomicílio, tanto em áreas urbanas, como periurbanas e rurais 11 . No ambiente rural, a transmissão da doença se encontra predominantemente ligada à atividade agrícola em locais de proliferação de roedores 25 e pelo contato com animais de pecuária infectados.…”