“…A autora destaca as ambiguidades dessa meta, argumentando que enxertar os direitos de trabalho decente à ideia de crescimento econômico orientado para os negócios privados pode aumentar a legitimidade de negócios aos custos do enfraquecimento da agenda dos direitos humanos, submetendo-os a interesses ODS 17 engendraria, mais uma vez, a lógica de dependência ao tratar do papel dos países desenvolvidos na conformação dos meios de implementação dos objetivos e metas acordadas, reafirmando a ideia e o discurso da Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (AOD). Como consequência, uma vez que a maioria dos ODS passa por soluções domésticas e o Sul-Global é marcado pela baixa capacidade financeira e de implementação de políticas, os países de menor capacidade podem incorrer nas armadilhas do endividamento externo(Menezes and Catão, 2018). Fernandes econômico duro, por meio da disseminação da urbanização e da industrialização, sumarizada nos tradicionais índices do PIB e da Renda per capita.A partir da década de setenta, fortaleceu-se a percepção da complexidade do tema, incorporado os dilemas da cooperação internacional, a importância da manutenção do ecossistema global para as gerações futuras, bem como questões normativas e éticas na definição da boa vida.…”