“…7,10 Além da perspectiva biomédica, de cunho curativista, que considera o itinerário terapêutico circunscrito ao perambular dos indivíduos pelos serviços de saúde em busca da cura e cuidados à saúde, outras acepções vêm direcionando as pesquisas na área, assentando a compreensão dos itinerários terapêuticos, enquanto múltiplos movimentos, agenciamentos, concepções e ações que se sucedem e se interpenetram, para lidar com a enfermidade com vistas à preservação e à recuperação da saúde. 7,11 Essas trajetórias terapêuticas empreendidas não correspondem necessariamente à lógica proposta pelo sistema de saúde formal, ou a busca por esses serviços de forma estanque é rígida, visto que envolvem distintas expectativas, redes sociais, recursos e valores. 12 A incursão em torno desse tema retrata, portanto, a sua potência analítica e técnica enquanto objeto de investigação, visto que permite compreender dimensões cognitivas e interpretativas relativas aos processos de adoecimento, cura e tratamento dos indivíduos com câncer, assim como os desafios em relação às redes de cuidado, serviços e agentes de cuidado à saúde frente a esses indivíduos.…”