“…Dentro desta perspectiva, por mais que a maternidade no cárcere possa ser vivenciada de forma dolorosa, pelas dificuldades inerentes ao próprio contexto do encarceramento, ela possui um valor para algumas mulheres que não pode ser desprezado. Os outros seis artigos analisados nesta revisão elencaram, de modo geral, aspectos positivos quanto ao reforço da maternidade no contexto carcerário e os supostos benefícios alcançados com o incentivo do exercício da maternidade por parte da instituição (Barnes & Stringer, 2014;Campbell & Carlson, 2012;Forsyth, 2003;Huang, Atlas & Parvez, 2012;Mello & Gauer, 2011;Serras & Pires, 2004). Alguns defenderam que, por mais que em um primeiro momento o status de presidiária possa parecer inconsistente com a maternidade, a prisão pode ser vista como uma oportunidade, para algumas mulheres, de resgatar ou construir sua identificação com a figura materna, visto que muitas delas já possuíam outros filhos, mas não mantiveram contato com eles em momento anterior ao aprisionamento (Forsyth, 2003;Mello & Gauer, 2011).…”