2011
DOI: 10.4013/ctc.2011.41.03
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Interrogar masculinidades em Belém do Pará

Abstract: Resumo. O artigo apresenta uma refl exão sobre masculinidade que descreve, por meio de revisão de literatura, indicadores das matrizes moderna e pósmoderna de masculinidades, e também por meio da pesquisa qualitativa que se valeu da informática e algumas auto-percepções de homens paraenses. Para a coleta de dados foi criado um site para investigação on-line, divulgação, hospedagem e preenchimento no portal da Universidade Federal do Pará. No mesmo site foi inserido o termo de consentimento livre e esclarecido.… Show more

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“…O comportamento violento não é a única ferramenta para manter a dominação dos homens sobre as mulheres no Brasil. A partir dos resultados encontrados nos artigos analisados, é possível observar uma caracterização de elementos estruturantes das masculinidades hegemônicas locais envolvidas com as situações de violências de gênero, sendo elas: reafirmação da virilidade (BRASILIENSE;ANSEL, 2016;NASCI-MENTO et al, 2011;PASSOS et al, 2014;SILVA et al, 2020); busca por aceitação entre outros homens do círculo de convivência (PASSOS et al, 2014); vulnerabilidade dos homens às violências agravadas através das suas socializações, nas quais a posição de dominador institui a violência como atributo da natureza do "ser homem", que, por sua vez, reforça uma dinâmica macrossocial de dominação dos homens sobre as mulheres, configurando uma relação assimétrica de poder e privilégios (ALVES et al, 2012;BRANCAGLIONI;FONSECA, 2016;BRASCO;DE ANTONI, 2020;CECCHETTO et al, 2016;NÓBREGA et al, 2019;PAIXÃO et al, 2018b;PIMENTEL, 2011;SCHRAIBER et al, 2012;SILVA, et al, 2020); negação de qualquer tipo de sensibilidade que coloque o homem em um espaço que possa parecer feminino (BRASILIENSE; ANSEL, 2016); e minimização da figura da mulher à ideia de passividade, submissão e vitimização (NÓBREGA et al, 2019).…”
Section: Caracterização Das Masculinidades Dos Homens Violentosunclassified
“…O comportamento violento não é a única ferramenta para manter a dominação dos homens sobre as mulheres no Brasil. A partir dos resultados encontrados nos artigos analisados, é possível observar uma caracterização de elementos estruturantes das masculinidades hegemônicas locais envolvidas com as situações de violências de gênero, sendo elas: reafirmação da virilidade (BRASILIENSE;ANSEL, 2016;NASCI-MENTO et al, 2011;PASSOS et al, 2014;SILVA et al, 2020); busca por aceitação entre outros homens do círculo de convivência (PASSOS et al, 2014); vulnerabilidade dos homens às violências agravadas através das suas socializações, nas quais a posição de dominador institui a violência como atributo da natureza do "ser homem", que, por sua vez, reforça uma dinâmica macrossocial de dominação dos homens sobre as mulheres, configurando uma relação assimétrica de poder e privilégios (ALVES et al, 2012;BRANCAGLIONI;FONSECA, 2016;BRASCO;DE ANTONI, 2020;CECCHETTO et al, 2016;NÓBREGA et al, 2019;PAIXÃO et al, 2018b;PIMENTEL, 2011;SCHRAIBER et al, 2012;SILVA, et al, 2020); negação de qualquer tipo de sensibilidade que coloque o homem em um espaço que possa parecer feminino (BRASILIENSE; ANSEL, 2016); e minimização da figura da mulher à ideia de passividade, submissão e vitimização (NÓBREGA et al, 2019).…”
Section: Caracterização Das Masculinidades Dos Homens Violentosunclassified
“…Não quer dizer que uma seja mais forte que a outra ou que devam estabelecer entre si uma relação pré-determinada de poder, mas, tão somente, que são dois tipos distintos de força. Ocorre que, socialmente e historicamente, pautado em um pensamento dominante ou hegemônico de masculinidade (branca, heterossexual, economicamente favorecida) (MEDRADO et al, 2010), tudo aquilo que é considerado "sombra" dessas forças, como passividade, sensibilidade, cuidado etc., foi associado ao feminino, e tudo que seria considerado "ativo" dessas forças, foi colocado no masculino, como o reconhecimento de agente provedor do lar e de invulnerabilidade (PIMENTEL, 2011;GROSSI, 2004).…”
Section: Implicações Das Questões De Gênero No Campo Da Saúde Mentalunclassified
“…We agree with Silva and Cols (2013) that psychological suffering has multiple expressions, thus the acceptance and listening by the man, the woman, and the couple favors the despatialization and not imposition by man to participate of groups of education as an alternative to imprisonment. Thus, it is possible to understand and organize brief psychotherapy in a socio political approach focusing on the psychological suffering of the experience with situations of violence articulating the exam of relational nexus between gender and power (Pimentel, 2011a(Pimentel, , 2011b(Pimentel, , 2014.…”
Section: Final Considerationsmentioning
confidence: 99%