As condições climáticas de altas temperaturas e altas radiações potencializam o efeito do déficit hídrico limitando a produção vegetal. A influência de vários estresses conjuntamente irá ativar mecanismos de respostas, sejam fisiológicas, bioquímicas, metabólicas e/ou moleculares, produzindo efeitos em todo o maquinário funcional da planta, que podem ser reversíveis e irreversíveis, a depender do grau de comprometimento de estruturas importantes. Nesse contexto, o silício (Si) vem sendo estudado como elemento benéfico atenuador de vários estresses, devido a sua ação eficiente em funções estruturais e de defesa das plantas, como ao evitar a perda excessiva de água pelo seu acúmulo nos órgãos de transpiração, bem como devido a seu papel sinalizador em mecanismos de resposta. Estudos reportam que a adubação com Si representa um potencial mediador dos mecanismos de defesa nas plantas em déficit hídrico, como a indução de vias de absorção e transporte de água. Diante disso, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do silício no ajuste térmico, crescimento e produção de biomassa de plantas de feijão-caupi (Vigna unguiculata) sob condições de restrição hídrica. Os ensaios foram conduzidos em casa de vegetação, utilizando duas cultivares de feijão-caupi (Xique-xique e Novaera) submetidas a três níveis hídricos [controle (75% da capacidade de campo -CC), estresse moderado (60% CC) e estresse severo (45% CC)] e duas concentrações de silício [sem Si (0 mM) e com Si (2,0 mM)]). O estresse foi aplicado 28 dias após a semeadura. Os dados demostraram que o estresse hídrico reduziu a matéria seca, o número de trifólios, o crescimento e os índices de clorofila a e b das plantas, e os efeitos foram intensificados com a severidade do estresse, ao passo que as plantas apresentaram elevados valores de temperatura foliar. Em contrapartida, o silício foi eficiente em atenuar os efeitos nocivos do