Influência das orientações fisioterapêuticas na qualidade de vida e na sobrecarga de cuidadores

Abstract

INTRODUÇÃO: O despreparo do cuidador pode acarretar situações de risco para quem cuida e para quem recebe o cuidado. OBJETIVO: Avaliar a influência de orientações fisioterapêuticas na qualidade de vida e na sobrecarga de cuidadores informais de pacientes com disfunções decorrentes de acidente vascular encefálico (AVE) ou de trauma raquimedular (TRM). MATERIAIS E MÉTODOS: Doze cuidadoras informais, com idade média de 50,5 ± 16,5 anos, sendo 4 de pacientes com disfunções decorrentes de TRM e 8 de pacientes que sofreram AVE. Todos os pacientes estavam em atendimento fisioterapêutico. No primeiro encontro, as cuidadoras foram instruídas a anotar as dúvidas e dificuldades do dia a dia. Após uma semana, entregaram as anotações; na mesma ocasião, foi avaliada a qualidade de vida e a sobrecarga, utilizando o questionário SF-36 e o Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal, respectivamente. Duas semanas depois, foi realizada uma aula teórico-prática baseada nas dúvidas e nas respostas dos questionários. Após quatro semanas, foram reavaliadas. Para comparação pré e pós-intervenção, foi utilizado o teste t pareado (p < 0,05). RESULTADOS: As dúvidas anotadas estavam relacionadas ao banho do paciente e com a própria saúde física e mental. Não se observou incremento no índice geral da qualidade de vida (p = 0,1226). Apenas para os domínios dor (p = 0,0316) e saúde mental (p = 0,0029) observou-se diferença significativa. Não se observou diferença na sobrecarga do cuidador. CONCLUSÃO: Uma intervenção com orientações fisioterapêuticas repercutiu na redução da dor e melhora da saúde mental em cuidadores informais de pessoas com disfunções decorrentes de TRM ou AVE.

Sobrecarga dos cuidadores de crianças e adolescentes com Síndrome de Down

“…The overin- . These results are consistent with the interpretation that caring for a child with a disability reduces the possibility that caregivers will dedicate themselves to paid work, mainly full-time work 33 , which can lead to a decrease in family income and generate frustration and dissatisfaction 34 . The findings indicated that for most caregivers, the per capita income of the studied groups was low, which is similar to the result found by Raina et al 35 in a study with parents of children with Cerebral Palsy (CP).…”

Qualidade De Vida E Depressão Em Cuidadores De Idosos Dependentes

“…Destaca-se que a existência da dor pode influenciar diretamente os demais domínios incluídos no componente físico, visto que se trata de um fator que mais se relaciona com a incapacidade. 29 No presente estudo, os domínios mais afetados estão de acordo com os encontrados na literatura, o que pode ser observado no estudo realizado com cuidadores de idosos atendidos em um ambulatório no Estado do Paraná, 29 o qual identificou que, entre os quatro piores domínios, três coincidiam com os encontrados nesta pesquisa, sendo eles: aspectos físicos (43,75 DP ± 30,39), vitalidade (48,75 DP ± 15,09), e dor (51,67 DP ± 17,82). Em relação ao domínio de maior escore, estavam presentes a capacidade funcional (69,17 DP ± 22,95) e o estado geral de saúde (56,42 DP ± 20,77).…”

“…Com isso, podemos inferir, a partir da comparação entre os resultados do presente estudo e de outras pesquisas encontradas na literatura, que o aspecto físico e a dor são os domínios que mais influenciam de forma negativa na qualidade de vida dos cuidadores de idosos, enquanto a capacidade funcional parece não sofrer tantas consequências provocadas pela prática de cuidado. 21,29,30 O fato de o presente estudo apresentar a vitalidade como o domínio de menor escore na avaliação da qualidade de vida pode estar associado à atividade exaustiva de cuidar de um idoso, que apresenta dois tipos distintos de dependências, a física e a cognitiva, revelando, assim, que o cuidar além de comprometer a disposição do indivíduo para tal tarefa, está associado ainda com a sobrecarga, uma vez que tal domínio avalia quanto tempo o indivíduo se sente cheio de vigor, cheio de vontade, força, com muita energia, esgotado e cansado.…”

Atuação fisioterapêutica na sobrecarga física e dor de cuidadores de crianças com paralisia cerebral

“…Há poucas pesquisas sobre intervenção na sobrecarga do cuidado e dor nos cuidadores na literatura. Há um estudo com 12 cuidadores, em que foram realizadas somente orientações fisioterapêuticas e reavaliados após 5 semanas, havendo uma pequena redução da dor, mas não na sobrecarga do cuidador (25) , analisadas através do Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal.…”