RESUMOO estudo tem como objetivo avaliar a qualidade de vida e sintomas de depressão em cuidadores de idosos dependentes e verificar a relação entre tais variáveis. Trata-se de um estudo descritivo e analítico com delineamento transversal e abordagem quantitativa. Participaram da pesquisa 36 cuidadores de idosos com dependência física e cognitiva. A qualidade de vida dos cuidadores foi avaliada por meio do Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36) e a presença de sintomas depressivos avaliados pelo Patient Health Questionnaire-PHQ-9. Com os resultados observou-se maior comprometimento do componente físico na qualidade de vida dos cuidadores e indicativo de depressão em 50,0% dos participantes. Verificou-se, também, que a qualidade de vida e a depressão relacionam-se de forma inversamente proporcional. Assim, a baixa percepção da qualidade de vida pode acarretar em quadros depressivos, bem como os sintomas da depressão podem provocar uma redução na qualidade de vida. PALAVRAS-CHAVE: Qualidade de Vida; Depressão;Cuidadores; Idoso. INTRODUÇÃOO Brasil tem caminhado rumo ao envelhecimento de maneira rápida e intensa, 1 sendo sua população idosa maior que 20 milhões de pessoas. 2 Caracterizado pelo aumento da expectativa de vida e pela diminuição da taxa ABSTRACTThe study aims to evaluate the quality of life and symptoms of depression in caregivers of dependent elderly persons and to verify the relationship between such variables. This is a descriptive, analytical study with a cross-sectional design and a quantitative approach. Thirty-six caregivers of elderly people with physical and cognitive dependence participated in the study. Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36) was used to assess the caregivers' quality of life, and the presence of depressive symptoms was assessed using the Patient Health Questionnaire-PHQ-9. The results showed greater impairment of the physical component in the quality of life of the caregivers and indicated depression in 50.0% of the participants. It was also found that quality of life and depression are inversely proportional. Thus, low perception of quality of life can lead to depressive symptoms, just as the symptoms of depression can cause a reduction in quality of life. KEYWORDS: Quality of Life; Depression; Caregivers;Elderly.de mortalidade, o acelerado processo de envelhecimento tem representado um grande problema à saúde pública nos dias atuais. 3 À medida que o país envelhece observa-se o crescente aumento dos casos de incapacidade funcional e dependência, o que limita a capacidade do idoso em realizar
Este estudo teve como objetivos mensurar a força e a massa muscular de idosos de um município de pequeno porte do nordeste brasileiro; investigar as diferenças entre sexos e grupos etários; e correlacionar a força e a massa muscular na população de estudo. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica populacional e transversal, realizada com 211 idosos de Aiquara-BA. A força de preensão manual (FPM) foi aferida por um dinamômetro hidráulico. Já a massa muscular total e o índice de massa muscular foram estimados por equações antropométricas. Os pontos de corte para o diagnóstico da dinapenia e da baixa massa muscular (MM) foram identificados por sexo (percentil 25 da FPM; percentil 20 do índice de massa muscular). Os resultados mostram que, em ambos os sexos, os idosos mais jovens dispunham de maior FPM e MM. Observou-se, também, que os homens apresentaram maior FPM, massa muscular total e índice de massa muscular. No referido sexo, verificou-se, ainda, correlação positiva moderada entre a FPM com a massa muscular total e fraca com o índice de massa muscular. Nas mulheres, averiguou-se correlação positiva fraca da FPM com a massa muscular total. Ademais, identificou-se que a dinapenia e a baixa MM foram mais prevalentes nos idosos com idade ≥80 anos. As evidencias averiguadas mostraram que as mulheres e os idosos mais velhos dispunham de menor FPM e MM. Em ambos os sexos houve correlação positiva da FPM com MM. Além do mais, a dinapenia e o déficit de MM foram mais frequentes nos longevos.
Introdução: O processo de hospitalização prolongado na unidade de terapia intensiva (UTI) é um dos fatores determinantes para aumento das comorbidades do paciente crítico. Neste contexto, o fisioterapeuta intensivista é um dos profissionais responsáveis por atuar de maneira complexa no gerenciamento da função ventilatória e motora, a fim de promover melhores condições de saúde para a alta precoce. Objetivo: descrever o perfil sociodemográfico e clínico de pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI), e analisar a associação da fisioterapia com o tempo de internamento nesta unidade. Métodos: Trata-se de estudo transversal e analítico, com 18 pacientes de ambos os sexos internados em Unidades de Terapia Intensivas do município de Jequié-BA. Foi utilizado um questionário próprio dividido em dois blocos: variáveis sociodemográficas e de condições clínicas. Calculou-se frequência relativa e frequência absoluta, e a análise associativa foi verificada por meio do Fisher's Exact Test. Resultados: Prevaleceram pacientes do sexo feminino, com idade maior ou igual a 60 anos, com ensino fundamental e sem companheiro. A principal causa de internamento foram as doenças neurológicas, seguida das cardiovasculares. O tempo de internamento e a quantidade de atendimento de fisioterapia foi menor ou igual a nove. Conclusão: Conclui-se que, entre os pacientes da UTI, a maioria são mulheres idosas, com baixo nível de escolaridade e que vivem sem cônjuge. Além disso, observou-se que as doenças neurológicas são as responsáveis pelo maior número de internações, ademais, houve relação significativa entre a quantidade de atendimento da fisioterapia com a quantidade de dias internados na UTI.
O envelhecimento é acompanhado por alterações fisiológicas e surgimento de doenças crônicas que podem propiciar declínios na funcionalidade para as atividades básicas (ABVDs) e instrumentais de vida diária (AIVDs). Nesse contexto, este estudo teve como objetivo identificar a associação entre a dependência funcional nas atividades básicas e instrumentais de vida diária e morbidades referidas em idosos. Estudo epidemiológico populacional, transversal, realizado com 258 idosos de Aiquara-BA. As informações sociodemográficas, comportamentais e sobre morbidades autorreferidas foram obtidas por um instrumento próprio. O nível de atividade física foi mensurado a partir do International Physical Activity Questionnaire. A dependência funcional foi identificada pela escala de Katz e escala de Lawton e Brody. Nas análises, adotou-se o teste Qui-quadrado de Pearson e a regressão hierárquica de Poisson, com estimativa robusta e cálculos de razão de prevalência (RP) e intervalos de confiança (IC) de 95%. Observou-se prevalências de dependência nas ABVDs (12,8%) e AIVDs (31,8%). Verificou-se, também, que os idosos que já tinham apresentado infarto agudo do miocárdio (RP: 2,57; IC95%: 1,18-5,59), acidente vascular encefálico (RP: 3,15; IC95%: 1,71-5,81) e os que tinham Alzheimer (RP: 4,76; IC95%: 3,02-7,50), demonstraram maior probabilidade para dependência nas ABVDs. Além disso, os idosos com Alzheimer cursaram com 1,30 (IC95%: 1,10-3,30) vezes maior probabilidade de serem dependentes nas AIVDS. As evidencias do presente estudo demonstraram que o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular encefálico estiveram associados à dependência nas ABVDs. Além disso a doença de Alzheimer mostrou-se associada à dependência nas ABVDs e AIVDs.
Este estudo identificou os fatores associados à dinapenia em idosos residentes em um município de pequeno porte do Nordeste brasileiro. Trata-se de um estudo populacional, conduzido com 208 idosos (58,7% mulheres) de Aiquara-BA. As informações sociodemográficas, comportamentais e de condições de saúde foram obtidas em entrevistas face a face, e o estado nutricional foi avaliado pelo índice de massa corporal. Para mensuração do nível de atividade física e do comportamento sedentário, utilizou-se o International Physical Activity Questionnaire. O diagnóstico da dinapenia foi realizado por sexo, a partir do percentil 25 da força de preensão manual, averiguada com um dinamômetro hidráulico. Para análises inferenciais foi utilizada a regressão de Poisson, com estimador robusto, cálculo das Razões de Prevalência (RP) e de seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC). A prevalência de dinapenia foi maior nos idosos com idade entre 70-79 (RP: 3,21; IC95%: 1,55-6,64) e ≥80 anos (RP: 4,91; IC95%: 2,32-10,39), nos com baixo peso (RP: 2,20; IC95%: 1,26-3,82), nos insuficientemente ativos (RP: 1,99; IC95%: 1,12-3,54) e entre os com elevado comportamento sedentário (RP: 1,88; IC95%: 1,19-2,98). Identificou-se que os fatores associados à dinapenia foram: idade entre 70-79 e ≥80 anos, nível de atividade física insuficiente; elevado comportamento sedentário e baixo peso.
O estudo teve como objetivo identificar os fatores de risco cardiovascular associados à dinapenia em idosos. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, transversal, realizada com idosos de Aiquara-BA. Os fatores de risco cardiovascular avaliados foram: sexo, grupo etário, etnia, nível de atividade física, circunferência da cintura, relação cintura-quadril, índice de adiposidade corporal, nível de glicemia sanguínea e perfil lipídico (triglicerídeos; colesterol total; High-Density Lipoprotein cholesterol – HDL-c e Low-Density Lipoprotein cholesterol – LDL-c). O diagnóstico da dinapenia foi realizado, estratificado por sexo, a partir dos seguintes valores de força de preensão manual: 24,87 kgf (homens) e 18,25 kgf (mulheres). A análise associativa foi verificada por meio do teste qui-quadrado de Person. Contudo, para as frequências esperadas menores que cinco (n < 5) foi utilizado o teste Exato de Fisher. O nível de significância adotado em todas as análises foi de 5,0% (p ≤ 0,05). Participaram do estudo 109 idosos (55,0% mulheres), com média de idade de 71,0 ± 7,4. O percentual de idosos hipertensos foi de 45,0%, fumantes ou ex-fumantes 65,0%, insuficientemente ativos 17,1%, com elevada circunferência da cintura 46,8%, relação cintura-quadril elevada 67,0%, obesos 44,0%, com diabetes mellitus 20,4%, hipercolesterolemia 59,3%, com baixo HDL-c 36,5% e LDL-c elevado 44,0%. A prevalência da dinapenia foi de 24,8% (mulheres, 25,0% e homens, 24,5%). Ademais, averiguou-se maior prevalência de dinapenia nos longevos (50,0%) e nos insuficientemente ativos (55,6%) (p < 0,05). Conclui-se que, entre os idosos residentes em Aiquara-BA, o nível de atividade física insuficiente e a idade avançada estiveram associados à dinapenia.
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