Introdução: Pessoas infectadas pela COVID-19 podem cursar um longo período de internação e são mais expostas aos efeitos deletérios da síndrome do imobilismo. Para combater esse agravo é importante investir na mobilização precoce sendo fundamental por parte da equipe de saúde reconhecer o grau de comprometimento destes pacientes. Objetivo: Conhecer o perfil sociodemográfico e o nível de mobilidade por meio da Escala de Mobilidade em Unidade de Terapia Intensiva (EMU) em pacientes pós COVID-19. Metodologia: Estudo do tipo transversal, descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa através da análise de prontuários eletrônicos de pacientes com diagnóstico de pós COVID-19, internados na Unidade de Cuidados Continuados e Integrados (UCCI) do Hospital São Julião, localizado na cidade de Campo Grande, no Estado de Mato Grosso do Sul (MS), entre os meses de março de 2021 a março de 2022. Os dados coletados foram informações a respeito do perfil sociodemográfico, clínico e resultado da EMU na admissão e na alta hospitalar. Resultados: 81 prontuários foram identificados no período proposto e dentre as características dos pacientes pós COVID-19 foi observado idade média de 52,1 anos (DP±13,2) com maior prevalência do sexo masculino (44; 54,3%), raça branca (51;63%), casados (40;49%), escolaridade nível fundamental completo (20; 24,7%) e com história de comorbidades (Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) 39; 48%; obesidade 31; 38,2%; Diabetes Mellitus (DM) 17;21%). As ocupações mais prevalentes foram dona de casa (12; 15%), empregada doméstica (8; 10%) e serviços gerais (8; 10%). O tempo de internação na UCCI foi mediana de 24 dias (1º quartil: 17 dias e 3º quartil: 37 dias) e em relação ao nível de mobilidade pela EMU houve diferença estatisticamente significante entre os valores de admissão e alta (p<0,001). Conclusão: O perfil de pacientes pós COVID-19 atendidos na UCCI do Hospital São Julião da cidade de Campo Grande/MS são adultos do sexo masculino, raça branca, casados, com baixa escolaridade, apresentando comorbidades prévias e em ocupações relacionadas à serviços essenciais. Estes pacientes permanecem internados entre 17 e 37 dias, onde grande parte recebe alta com marcha semi independente.