Este artigo analisa a regulamentação do uso do correio eletrônico institucional na Universidade Federal do Vale do São Francisco – Univasf, evidenciando a carência de normativas claras para a utilização eficiente das listas de e-mail e as implicações dessa lacuna para a administração pública. A pergunta norteadora questiona: de que modo a ausência de regras que estabeleçam critérios objetivos para o envio de mensagens via listas de e-mail interfere no cotidiano da administração de uma instituição pública? E parte do pressuposto de que a prática do envio indiscriminado de e-mail por listas de transmissão prejudica em função do volume de mensagens recebidas, a organização das tarefas diárias dos servidores, pois impõe a leitura, ainda que de maneira superficial, de conteúdos que não dizem respeito às atribuições do cargo. O texto, resultado de pesquisa bibliográfica e documental, foi produzido no âmbito de uma pesquisa sobre a racionalidade na administração pública a luz dos conceitos de burocracia de Max Weber. Ao mesmo tempo, faz uma brevíssima análise da concepção de processualidade no direito administrativo contemporâneo, baseado na compreensão de Mesquita (2012) sobre esse tema, no qual se sobressai que a atuação processualizada da Administração Pública concretiza o Estado Democrático de Direito. Todos esses textos dialogam com as lições da Controladoria Geral da União (CGU) para quem o Direito Administrativo Disciplinar lida com a garantia de um bom funcionamento do serviço público. Como elemento a superar a sobrecarga informacional da utilização do e-mail institucional, propõe-se a criação de fóruns online.