Impactos econômicos do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1

Abstract

This article aims to be an evaluation of economic impacts generated by Brazilian Grand Prix of Formula 1 on the city of São Paulo. KEYWORDS: Formula 1; Il\"PUT-OUTPUT analysis; economic impacts of sports events; tourism; economy of the tourism; teorometrics. IntroduçãoEste artigo apresenta um resumo da análise dos impactos econômicos do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 realizado em 2003, evidenciando que se trata de uma atividade econômica adicional que anualmente ocorre no município de São Paulo. Apresenta, portanto, as estimativas dos impactos econômicos, diretos e indiretos, produzidos nos níveis da atividade econômica do município e do país, propiciados pelo conjunto de todas as atividades associadas à montagem e reali zação do evento, em termos dos aumentos de produção, de valor adicionado (ou renda) e de emprego, que não seriam observados se o evento não ocorresse.Para isso apresenta-se inicialmente uma breve descrição da estrutura meto dológica utilizada no estudo. Em seguida, apresentam-se as principais fontes de informações utilizadas e descrevem-se brevemente os procedimentos utilizados no tratamento dessas fontes. Finalmente, apresentam-se os resultados obtidos.

Turismo e automobilismo: efeitos da Fórmula 1 em São Paulo

“…Os organizadores do evento, conforme dados fornecidos pela INTERPRO apud Haddad et al (2004), assumem despesas de R$ 13.78 milhões, sendo, por ordem de importância, com produtos e serviços de impostos, alimentação, segurança, montagem de arquibancadas, órgão esportivo e direção da prova, seguros, engenharia, transporte, logística e equipamentos, organizações esportivas, vendas de ingressos, impressos, cartazes e gráfica, cenografia, montagem de estandes, locação de móveis, logística interna, assessoria de imprensa, taxas da Polícia Militar, serviços diversos, uniformes, assessoria legal e comunicação, através da ANATEL.…”

“…Os investimentos da Prefeitura, que totalizam R$ 24.782 milhões, são utilizados para cobrir despesas com arquibancadas, reforma e adequação da pista do autódromo, suporte técnico, adequação da área técnica, como obras e serviços de complementação, telemetria, limpeza, reforma e adequação do autódromo, segurança, aluguel de equipamentos de grande porte, serviços técnicos de sinalização e serviços técnicos profissionais junto à EMURB (Prefeitura Municipal de São Paulo apud Haddad et al, 2004). Responsável pela transmissão da corrida, a Rede Globo arca com boa parte dos custos de produção televisiva da Fórmula 1 e também estava, em 2004, interessada em parceria com o setor público já que encontrava dificuldades para canalizar mais recursos para o Grande Prêmio.…”

“…O documento intitulado "Avaliação do Impacto Econômico do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1" apresentava informações que comprovam que a cidade, o estado e o país ganham financeiramente com a realização da Fórmula 1. Como demonstram Haddad et al (2004), "do montante de R$ 80.368 milhões de despesas associadas à Fórmula 1 e injetados na economia da cidade de São Paulo, consegue gerar, direta e indiretamente, um aumento de renda de R$ 62.617 milhões no país como um todo, sendo que 75% desse aumento ocorre na própria cidade de São Paulo, 8% no restante do estado e 17% no restante do país".…”

“…As despesas, segundo Haddad et al (2004) são realizadas por três vetores de demanda da Fórmula 1, sendo eles: os participantes e espectadores que têm despesas de R$ 41.857 milhões; os organizadores do evento com despesas de R$ 13.728 milhões; e a Prefeitura com R$ 24.782 milhões. A partir dos gastos de cada uma das partes envolvidas na preparação e realização do Grande Prêmio, as simulações dos impactos totais, por meio de modelos de insumo-produto, permitiram demonstrar os efeitos econômicos do evento na cadeia da estrutura produtiva para bens e produtos demandados.…”

“…Do total de 42 setores de atividades, as despesas incidem, sobretudo, no de serviços prestados às famílias, na construção civil e na prestação de serviços às empresas. A Prefeitura, responsável por cerca de 1/3 dos recursos injetados na economia da capital responde pelo restante 2/3 que representam um efeito de gastos induzido pelo investimento público, sendo esse apoio fundamental para a realização do Grande Prêmio (Haddad et al, 2004).…”