2006
DOI: 10.5433/2176-6665.2006v11n2p65
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Imaginário e simbólico em pacientes com câncer: análise de duas narrativas

Abstract: 1 R ESUMOopresente artigo apresenta uma discussão feita a partir de dois casos que se apresentaram como paradigmáticos das relações entre o imaginário e o simbólico em doentes com câncer. Apesquisa foi feita num hospital público de Curitiba, eteve como objetivo analisar as formas de sociabilidade entre pacientes com longos períodos de internamento. A discussão desses dois casos separados dos demais se deve ao fato de suas falas ilustrarem com clareza a função do imaginário entre doentes de câncer e as dificuld… Show more

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“…Neste caso, é possível pensar no paciente oncológico em fase terminal. Segundo Rasia (2006), para que o paciente não fique preso ao imaginário, recusando-se a atravessar e simbolizar a doença e seus efeitos, não ficando submetido às pressões do imaginário, podendo ocorrer isso somente por via da linguagem, da palavra.…”
Section: O Simbólico Na Psicanáliseunclassified
“…Neste caso, é possível pensar no paciente oncológico em fase terminal. Segundo Rasia (2006), para que o paciente não fique preso ao imaginário, recusando-se a atravessar e simbolizar a doença e seus efeitos, não ficando submetido às pressões do imaginário, podendo ocorrer isso somente por via da linguagem, da palavra.…”
Section: O Simbólico Na Psicanáliseunclassified
“…Porém, conforme Rasia (2006) As limitações provocadas pelas sequelas expõem a idealização imaginária do eu 4 que, embora seja comum às pessoas, a perda da integridade corporal pode intensificar essa idealização. Nasio (2009) é claro ao afirmar que o objeto mais importante para o eu é o seu próprio corpo, portanto, as deformidades provocadas pelo câncer e pelos seus efeitos tardios abalam a imagem que o sujeito tem de seu eu.…”
Section: Sentidos E Significados Do Adoecimentounclassified
“…Nas duas, a teoria funciona como sustentação para sua escuta, único método da investigação psicanalítica: "a teoria só pode funcionar como filtro para que apenas as palavras sejam ouvidas e não os gritos", sendo o grito uma analogia com o inaudito, ou seja, aquilo que não se consegue dizer e que esconde o sujeito (Zygouris, 1979. Rasia (2006), pesquisando sobre pacientes com câncer com longos períodos de internação, exemplifica as dificuldades do psicanalista diante de um paciente que não consegue construir uma narrativa particular que dê sentido ao sofrimento, respondendo às solicitações pela via do imaginário, ou seja, por construções discursivas e imagéticas que reproduzem o discurso construído por uma dada coletividade e não implicam a subjetividade do narrador, porém atuam sobre ela produzindo efeitos de negação e alienação. A impotência em narrar reflete a impotência em agir, e assim, o paciente não consegue endereçar nenhuma produção ao outro, distanciando o psicanalista de seu universo psíquico.…”
Section: O Psicanalista Diante Do Testemunho: Desafiosunclassified