2000
DOI: 10.1590/s1517-45222000000200011
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Identidade sexual e identidade de gênero: subversões e permanências

Abstract: Sociologias, Porto Alegre, ano 2, nº 4, jul/dez 2000, p.274-305 ste texto é uma tentativa de reflexão sobre a relação entre gênero, sexualidade e "cidadania", a partir dos conflitos e das diferenciações que se estabelecem entre integrantes de um grupo organizado de homossexuais 1 , constituído por homens e mulheres, os quais acarretaram a dissidência de integrantes e formação de outro grupo. Tais diferenciações e conflitos foram percebidos por aqueles como um problema entre homens e mulheres. Mais do que um… Show more

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“…Lacerda, Pereira e Camino (2002) ressaltam que o preconceito pode ser considerado como uma frustração reprimida e deslocada para grupos mais fracos, o desenvolvimento de um tipo de personalidade arbitrária, com pouca disposição à abertura mental. O sujeito, então, seria reconhecido como anistórico, ou seja, apresentando práticas e comportamentos não esperados para os gêneros masculino e feminino, tornando-se diferente e passível de preconceitos (Toneli & Perucchi, 2006), por ser visto como uma subversão da ordem (heterossexualidade como norma; Anjos, 2000).…”
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“…Lacerda, Pereira e Camino (2002) ressaltam que o preconceito pode ser considerado como uma frustração reprimida e deslocada para grupos mais fracos, o desenvolvimento de um tipo de personalidade arbitrária, com pouca disposição à abertura mental. O sujeito, então, seria reconhecido como anistórico, ou seja, apresentando práticas e comportamentos não esperados para os gêneros masculino e feminino, tornando-se diferente e passível de preconceitos (Toneli & Perucchi, 2006), por ser visto como uma subversão da ordem (heterossexualidade como norma; Anjos, 2000).…”
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“…Destarte passou-se a questionar a existência de um comportamento essencialmente masculino ou feminino, ou seja, a visão binária do mundo e das relações de gênero, identificando o masculino e o feminino como termos opostos, ainda que complementares (Torrão Filho, 2005), pois a própria concepção de um "masculino" se define em relação a um "feminino", e vice-versa. Essa visão binária, que se opõe masculino/feminino, forte/fraco, ativo/passivo, dominante/dominado, traz em seu bojo uma concepção das relações de gênero como fundadas em categorizações presentes em toda a ordem social, permitindo compreender a posição das mulheres como subordinadas, além da relação entre sexualidade e poder (Anjos, 2000). Conforme essa ótica, o feminino 1 Disponível em http://www.jornal.uem.br/cms/index.php?…”
unclassified
“…É como se o "sexo de verdade" pudesse somente ocorrer com a participação de um homem, porque este deve incluir, necessariamente, a penetração como requisito. Trata-se, portanto, de legitimar o caráter normativo das relações heterossexuais (Anjos, 2000). Excluída a possibilidade do prazer sexual entre as mulheres, restaria a elas pautar suas relações no afeto e na cumplicidade.…”
Section: A Homossexualidade Femininaunclassified
“…É somente ao contextualizar o significado do envolvimento afetivo/sexual entre mulheres, circunscrevendo tal experiência em realidades sociais, culturais e econômicas específicas, que podemos desconstruir os binômios homossexualidade feminina/afeto e homossexualidade masculina/sexo. A legitimação do desejo sexual feminino, transgredindo a ordem hierárquica que corrobora a dominação do homem ativo sobre a mulher passiva, deve ser analisada em função dos recursos -sociais, culturais, econômicos e linguísticos -que sustentam a subversão da posição feminina dominada (Anjos, 2000). No que se refere às relações homossexuais, o modelo hierárquico que sustenta essa oposição definirá como gay somente aquele indivíduo que é penetrado, que ocupa o papel feminino na relação sexual com seu parceiro.…”
Section: A Homossexualidade Femininaunclassified
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