Abstract:RESUMO: A reestruturação do mercado imobiliário e o surgimento de uma nova tipologia habitacional em São Paulo a partir de meados dos anos 1940, o apartamento quitinete, coincidiram com as transformações nos parâmetros disciplinares que orientavam o discurso e a prática arquitetônica no Brasil. Analisar o momento em que a nova tipologia foi formulada, as suas motivações iniciais e os desenvolvimentos posteriores, permite não só recuperar a trajetória do arquiteto germânico Adolf Franz Heep (1902Heep ( -1978 co… Show more
“…Até a década de 1950, as cozinhas, com seus espaços conjugados à área de serviços dos apartamentos de alto padrão, dispunham de espaços generosos, atendendo ao limite imposto pelo código de Obras Arthur Saboya, de área mínima de 7 m 2 . Possuíam despensas exclusivas, enquanto que nas quitinetes de área reduzida e para solteiros ou casais sem filhos, o mobiliário era desenhado exclusivamente para abrigar fogão, pia e geladeira, com a finalidade de manter um padrão de qualidade projetual que atendesse ao novo modo de vida que a crescente indústria do Pós-Guerra impunha (SILVA, 2013). No período de 1960 a 1970, ainda instaladas na zona de serviço e afastadas do setor social, as cozinhas dos apartamentos adotaram conformação linear, com uma parede equipada para receber fogão, geladeira e bancada da pia, e apresentando áreas úteis de até 10 m², conectadas aos dormitórios e sanitário de empregada.…”
Section: Genealogia Das Cozinhas Nos Programas Dos Apartamentosunclassified
O artigo aborda a transformação do espaço das cozinhas e seu projeto, em apartamentos residenciais urbanos com dois e três dormitórios, lançados pelo mercado imobiliário em São Paulo no período de 2000 a 2015. São problematizadas duas principais tipologias de cozinhas presentes na produção imobiliária do período: o apartamento com cozinha aberta (integrada ao espaço social da sala de estar e à unidade residencial) e a tradicional cozinha fechada, A pesquisa de campo investigou percepções dos usuários sobre vantagens e desvantagens destas, e as estratégias de mercado para consolidar estas modalidades entre proprietários/usuários e difundir uma imagem de praticidade e modernização (associada ao tipo aberto). Apresentam-se resultados da aplicação de questionário aos moradores de apartamentos lançados no recorte temporal considerado, no qual foram investigadas as razões de escolha da tipologia de cozinha, aberta ou fechada, por parte dos usuários, bem como vantagens e desvantagens de seu uso, relacionando essa escolha aos hábitos e costumes relativos ao preparo dos alimentos. Como metodologia, discorre-se sobre o processo de transformação da cozinha nos projetos de apartamentos paulistanos, no contexto da verticalização de São Paulo de 1950 até os dias atuais; num segundo momento, projetos de apartamentos residenciais de 2000 a 2015 são analisados, quanto à distribuição dos equipamentos e sua disposição, em cozinhas abertas ou fechadas, e quanto à legislação e normas da construção civil. Finalizando, apresentam-se os resultados da aplicação do questionário, discutindo as possíveis razões da ascensão da demanda pela cozinha aberta relativamente à fechada.
“…Até a década de 1950, as cozinhas, com seus espaços conjugados à área de serviços dos apartamentos de alto padrão, dispunham de espaços generosos, atendendo ao limite imposto pelo código de Obras Arthur Saboya, de área mínima de 7 m 2 . Possuíam despensas exclusivas, enquanto que nas quitinetes de área reduzida e para solteiros ou casais sem filhos, o mobiliário era desenhado exclusivamente para abrigar fogão, pia e geladeira, com a finalidade de manter um padrão de qualidade projetual que atendesse ao novo modo de vida que a crescente indústria do Pós-Guerra impunha (SILVA, 2013). No período de 1960 a 1970, ainda instaladas na zona de serviço e afastadas do setor social, as cozinhas dos apartamentos adotaram conformação linear, com uma parede equipada para receber fogão, geladeira e bancada da pia, e apresentando áreas úteis de até 10 m², conectadas aos dormitórios e sanitário de empregada.…”
Section: Genealogia Das Cozinhas Nos Programas Dos Apartamentosunclassified
O artigo aborda a transformação do espaço das cozinhas e seu projeto, em apartamentos residenciais urbanos com dois e três dormitórios, lançados pelo mercado imobiliário em São Paulo no período de 2000 a 2015. São problematizadas duas principais tipologias de cozinhas presentes na produção imobiliária do período: o apartamento com cozinha aberta (integrada ao espaço social da sala de estar e à unidade residencial) e a tradicional cozinha fechada, A pesquisa de campo investigou percepções dos usuários sobre vantagens e desvantagens destas, e as estratégias de mercado para consolidar estas modalidades entre proprietários/usuários e difundir uma imagem de praticidade e modernização (associada ao tipo aberto). Apresentam-se resultados da aplicação de questionário aos moradores de apartamentos lançados no recorte temporal considerado, no qual foram investigadas as razões de escolha da tipologia de cozinha, aberta ou fechada, por parte dos usuários, bem como vantagens e desvantagens de seu uso, relacionando essa escolha aos hábitos e costumes relativos ao preparo dos alimentos. Como metodologia, discorre-se sobre o processo de transformação da cozinha nos projetos de apartamentos paulistanos, no contexto da verticalização de São Paulo de 1950 até os dias atuais; num segundo momento, projetos de apartamentos residenciais de 2000 a 2015 são analisados, quanto à distribuição dos equipamentos e sua disposição, em cozinhas abertas ou fechadas, e quanto à legislação e normas da construção civil. Finalizando, apresentam-se os resultados da aplicação do questionário, discutindo as possíveis razões da ascensão da demanda pela cozinha aberta relativamente à fechada.
“…No Brasil, muitas das propostas europeias foram discutidas e analisadas pelos estudantes de arquitetura e de engenharia, e entre a classe profissional que 5. Ver Bonduki e Koury (2014), Botas (2016), Bruna (2015), Rossetto (2002), Sampaio (1998), Silva (2013) e Villa (2002). 6.…”
RESUMO Este artigo se propõe a compreender como se deu a ideia da vida moderna entre os empreendimentos vinculados ao movimento moderno, utilizando como objeto de análise os apartamentos duplex. Os arranjos espaciais vinculados a esta tipologia se relacionavam originalmente com a ideia de economia na construção e com o discurso da funcionalidade do espaço, que sugeria novas práticas domésticas ao considerar a entrada da mulher no mercado de trabalho, como também sua menor participação na organização do lar e da família. Para tanto, foram analisados exemplos em diversos conjuntos habitacionais a partir do estudo de seus projetos e do contexto de suas construções, tendo como ponto de partida o conjunto soviético Narkomfin (1928) e a difusão das ideias da habitação mínima no contexto nacional e internacional. Foram levantados os projetos dos conjuntos e dos apartamentos - no recorte temporal de 1920 a 1960 - de maneira a compreender a ênfase dada em cada setor da casa e como as ideias se concretizaram ao longo das décadas e em contextos culturais diferentes. Propõe-se ainda estabelecer um percurso dos formatos dessa tipologia, compreendendo o contexto de circulação de ideias, transformações e adaptações a contextos culturais variados.
Em 2018, Anais do Museu Paulista inauguram uma nova política editorial. Após publicarmos dois números anuais entre 2005 e 2015, o periódico teve três edições em 2016 e em 2017 e agora passamos a ter apenas um número a cada ano, voltando à periodicidade original, anual, e que faz jus ao seu próprio título. Tal decisão institucional ocorre em função das novas possibilidades de veiculação de artigos em fluxo contínuo no meio virtual, que permite a publicação dos mesmos logo após o término de sua editoração, favorecendo o acesso rápido dos leitores à produção de nossos autores.
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