Grupo De Suporte À Família Da Pessoa Com Doença Mental Grave: Espaço De Partilha Na Adversidade

Abstract

Objetivo: compreender as condições e contexto que levam os familiares de doentes com doença mental grave a participarem no grupo de suporte num Hospital Psiquiátrico. Método: Estudo qualitativo, segundo Grounded Theory. Participantes- familiares de doentes que frequentam o Hospital de dia. Procedimentos: sessões de grupo áudio-gravadas, entrevistas a membros da equipa de saúde, questionário aos familiares, notas de campo de incidentes críticos. Resultados: as condições e contexto que fazem com que os familiares se reúnam no grupo de suporte é a aliança na adversidade devido ao estigma da doença mental que devasta a vida das pessoas doentes e suas famílias em todas as dimensões do seu quotidiano pelo que o grupo de suporte constitui um porto de abrigo. Conclusão: no grupo os familiares partilham aprendizagens, estratégias e aprendem a gerir o quotidiano incerto. Esta é uma estratégia relevante para melhorar o cuidado profissional que é dado as pessoas com doença mental grave e seus familiares em casa.

Enfermagem: a ciência da vida

“…Os sentimentos de sofrimento emocional como dor, terror e medo foram trazidos pela pesquisa de Sena et al (2018). Nos grupos de pares, experiências e emoções semelhantes são partilhadas e, ao mesmo tempo, são expostas as capacidades de resiliência e a esperança, o que favorece a energização do grupo, mesmo diante das adversidades e insucessos, e os familiares também vão aprendendo a gerir e aceitar a gravidade e cronicidade dos transtornos mentais (Gomes et al, 2017).…”

Cuidando dos cuidadores familiares de idosos dependentes: uma proposta de tecnologia de acolhimento / Caring for family caregivers of dependent elderly people: a proposal for welcoming technology

“…Considera-se importante no grupo à troca de experiências, conhecer e ouvir outras pessoas promove a socialização, bem como ser ouvido pelos membros do grupo ao expressar sentimentos e emoções, promove o acolhimento e valorização da autoapreciação, fazendo com que o cuidador se sinta compreendido e amparado pelos demais membros e profissionais envolvidos 29,35 .…”

A relação familiar com pessoas que possuem transtorno afetivo bipolar

“…Dentre os integrantes da família, destaca-se o familiar cuidador, que por ser quem assume a maior responsabilidade no cotidiano de cuidado, pode, na existência do dever atribuído, apresentar esgotamento e sofrimento diante da gama de sentimentos com os quais necessita lidar. 4 A saúde mental se constrói a partir da interação e do protagonismo das pessoas envolvidas, assumindo que os familiares são fundamentais na construção do cuidado psicossocial. Escutá-los e valorizar seus saberes e entendimentos, conhecer sobre as relações familiares com pessoas que possuem o TAB, pode ser um caminho para o aperfeiçoamento do trabalho com as famílias nesse campo.…”