2017
DOI: 10.5007/2175-8034.2017v19n1p183
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Gestação, parto e pós-parto entre os Munduruku do Amazonas: confrontos e articulações entre o modelo médico hegemônico e práticas indígenas de autoatenção

Abstract: Este artigo é sobre gestação, parto e pós-parto entre Índios Munduruku, da TI Kwatá-Laranjal, Amazonas, Brasil. A partir de pesquisa etnográfica no contexto atual de pluralismo médico, a pesquisa evidencia algumas articulações e confrontos entre saberes indígenas e o modelo médico hegemônico observado nas: percepções sobre a saúde do feto, mulher e família; escolhas dos locais para realizar os partos; intensidades das práticas de reclusão no puerpério; possibilidades de realizar dietas tradicionalmente prescri… Show more

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“…Las prácticas y saberes asociados a los ciclos naturales de las mujeres tales como el embarazo, parto y puerperio, han sido controlados por el modelo biomédico de salud, desde una mirada fisiológica, basada en lo reproductivo, caracterizado por el etnocentrismo, la colonización y la asimetría (Dias-Scopel et al 2017). No obstante, existen ciertas prácticas de autocuidado en salud que dan cuenta de intermediaciones entre la medicina occidental y el mundo indígena (Dias-Scopel et al 2017), integrando prácticas y saberes que permiten la resistencia y sobrevivencia de las comunidades.…”
Section: Elementos Que Facilitan La Comprensión Del Tema De Estudiounclassified
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“…Las prácticas y saberes asociados a los ciclos naturales de las mujeres tales como el embarazo, parto y puerperio, han sido controlados por el modelo biomédico de salud, desde una mirada fisiológica, basada en lo reproductivo, caracterizado por el etnocentrismo, la colonización y la asimetría (Dias-Scopel et al 2017). No obstante, existen ciertas prácticas de autocuidado en salud que dan cuenta de intermediaciones entre la medicina occidental y el mundo indígena (Dias-Scopel et al 2017), integrando prácticas y saberes que permiten la resistencia y sobrevivencia de las comunidades.…”
Section: Elementos Que Facilitan La Comprensión Del Tema De Estudiounclassified
“…La mirada que los pueblos indígenas poseen respecto de la salud representa "una convivencia armónica del ser humano con la naturaleza, consigo mismo y con los demás hacia un bienestar integral" (Chávez et al 2007: 681), de tal manera que, cuerpo, territorio y ambiente se integran en las prácticas que la población indígena desarrolla en el cuidado de la salud (Dias-Scopel et al 2017). Los pueblos indígenas, acorde con sus tradiciones ancestrales, poseen varias normas y procedimientos internalizados mediante procesos de socialización ajenos al control de los equipos de salud (Dides y Pérez 2007).…”
Section: Elementos Que Facilitan La Comprensión Del Tema De Estudiounclassified
“…Diferentes etnografias apontam que a noção de sangue entre os povos indígenas emerge como símbolo que articula o corpo em suas dimensões biológica, social e cosmológica 20,21,22,23,24,25 . Segundo os Munduruku, o sangue menstrual é capaz de gerar vida e morte.…”
Section: A Autoatenção à Menstruaçãounclassified
“…Segundo os Munduruku, o sangue menstrual é capaz de gerar vida e morte. Possui característica volátil e atrai seres que habitam espaços específicos no cosmo (rio, igarapés ou olho d'água de cacimba), em particular, botos e cobras encantadas, com os quais as relações sociais frequentemente resultam em doenças, infortúnios e mortes, como "mau olhado de boto", "ser levado para o Encante", "assombro de bicho", "filho de bicho" 24,25,26 . O odor do sangue menstrual tem, segundo os Munduruku, a capacidade de se propagar no ar e de demarcar o "rastro" da mulher menstruada.…”
Section: A Autoatenção à Menstruaçãounclassified
“…Neste artigo, valorizam-se os dados etnográficos de abrangência diacrônica, com ênfase na bibliografia, para situar o leitor no processo macro-histórico de construção e de manutenção do território e nas estratégias de sobrevivência desenvolvidas desde o contato com os colonizadores. Em outro artigo, os autores analisam dados etnográficos obtidos através da convivência cotidiana no âmbito doméstico(Dias-Scopel et al, 2017).…”
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