2005
DOI: 10.1590/s0101-73302005000200003
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Abstract: RESUMO:A sociologia da infância propõe-se a constituir a infância como objecto sociológico, resgatando-a das perspectivas biologistas, que a reduzem a um estado intermédio de maturação e desenvolvimento humano, e psicologizantes, que tendem a interpretar as crianças como indivíduos que se desenvolvem independentemente da construção social das suas condições de existência e das representações e imagens historicamente construídas sobre e para eles. Porém, mais do que isso, a sociologia da infância propõe-se a in… Show more

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“…Therefore, to understand violence against adolescents, it was necessary to incorporate the generation category in the analysis. The concept of generation makes it possible to differentiate what separates and what connects, for example, children and adolescents from the adults, as well as, as an analytical category, to appropriate the dynamic variations that are historically produced and elaborated in the relations between children and adults (10) .…”
Section: Methodsmentioning
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“…Na contramão dessa ideia sustentada numa perspectiva da negatividade da infância, resumida na terminologia, na linguística e na jurisprudência sobre a criança e a infância a partir dos fatores de exclusão e não, prioritariamente, pelas características que as distinguem ou por efetivos direitos de participação (SARMENTO, 2005), a criança foi excluída do espaço-tempo da vida em sociedade, sobretudo quando nos referirmos à criança em questão, a qual "[...] é dominada pela representação da deficiência mais do que pela representação da criança, com suas particularidades eventuais" (PLAISANCE, 2005, p. 405). Por isso, ainda conhecemos pouco das particularidades eventuais dessa criança, porque, historicamente, os estudiosos desse campo se detiveram em teorizar sobre a sua representação, construída a partir de estereótipos e estigmas, e não de sua potência ou de sua tríplice potência, fazendo surgir seres de palavra (MASSCHELEIN; SIMONS, 2014).…”
Section: Santa Mariaunclassified
“…(JAMES; JENKS; PROUT, 2007;QVORTRUP, 1993QVORTRUP, , 1994CORSARO, 1997;SARMENTO, 2005) Nesse sentido, difere-se das concepções pré-sociológicas da infância e dos modelos deterministas e reprodutivistas de socialização, que as percebem como sujeitos frágeis e passivos, socializados pelas gerações mais velhas num processo vertical de transmissão e internalização da cultura. As crianças são vistas aqui como atores sociais plenos, capazes de exprimir perspectivas próprias que são relevantes não apenas para os seus cotidianos, como para a sociedade globalmente considerada.…”
Section: Dados Da Pesquisaunclassified
“…As crianças são vistas aqui como atores sociais plenos, capazes de exprimir perspectivas próprias que são relevantes não apenas para os seus cotidianos, como para a sociedade globalmente considerada. (SARMENTO, 2005) Deslocamentos: a experiência do trajeto na cidade e entre cidades As relações de convívio e cuidado entre avós e netos frequentemente implicam no deslocamento das crianças à casa dos avós. Porém, esse trajeto nem sempre é curto ou rápido.…”
Section: Dados Da Pesquisaunclassified
“…Os indicadores da constituição do campo estão todos basicamente estabelecidos: i) a delimitação conceptual da infância como categoria social e as crianças como actores sociais concretos; ii) a produção de teorias, quadros conceptuais e frames interpretativos distintos -e.g., a renovação do conceito clássico de geração (Qvortrup 2000;Alanen 2001;Mayall 2002;Sarmento 2005) -, a tese da "reprodução interpretativa" (Corsaro 1997), os conceitos de "ofício de aluno" e de "ofício de criança" na SI francófona (Chamboredon e Prevot 1982;Sirota 1993) e o "construtivismo social" da infância (James, Jenks e Prout 1998); iii) a definição de procedimentos analíticos e de metodologias investigativas privilegiadas e, senão específicas, ao menos tematicamente reorientadas pela natureza do objecto-sujeito de conhecimento: as crianças e a infância (Cristhensen e James 2005); iv) a constituição de dispositivos de encontro e intercâmbio entre pesquisadores (especialmente os Comités de Pesquisa no interior das organizações sociológicas acima referenciadas); v) a realização de múltiplas reuniões científicas de divulgação do conhecimento produzido e a publicação de revistas e colecções temáticas de livros especializados; vi) a criação de programas de estudos, sobretudo de estudos avançados ao nível da pós-graduação, reportados expressamente à disciplina.…”
unclassified