Gênero na perspectiva decolonial: revisão integrativa no cenário latino-americano

Abstract

Resumo: Interessa-nos investigar as principais contribuições latino-americanas dos estudos decoloniais sobre o conceito de gênero, pois entendemos que tal conceito pode operar uma forma de colonialidade ao invisibilizar a multiplicidade de cosmovisões e práticas socioculturais que produzem relações sociais diferenciadas. Para tanto, realizamos uma revisão integrativa da produção científica sobre gênero em articulação com o pensamento decolonial no Portal de Periódicos CAPES e na Redalyc. Após o crivo de inclusão-exclusão, 35 artigos foram analisados. Os resultados apontam para: (a) negação do sujeito universal do feminismo; (b) compreensão de gênero, raça e classe como variáveis coconstitutivas; e (c) questionamento sobre a aplicação do conceito em realidades com diferentes lógicas culturais. A discussão sobre gênero na perspectiva decolonial vem se fortalecendo, especialmente no Brasil, mas ainda demanda esforços em pensar as heranças da colonialidade na atualidade.

LGBTQ+ related curricular activities in Brazilian Dental Schools: Do institutional and/or deans’ profiles matter?

“…It is important to remember that the feminization of Dentistry was directly linked to the trajectory of the feminist movement, which began with the struggle for more egalitarian relationships for women and later served as a motto for the development of other causes, highlighting racism and LGBTQ+ phobia and the hegemony of CIS heteronormative bodies. [33][34][35][36][37][38][39][40][41][42][43][44][45][46]…”

“…Moreover, dental schools coordinated by women (when compared with men) were 2.13 times more likely to develop pedagogical strategies with the aim of caring for the oral health of the LGBTQ+ population. It is important to remember that the feminization of Dentistry was directly linked to the trajectory of the feminist movement, which began with the struggle for more egalitarian relationships for women and later served as a motto for the development of other causes, highlighting racism and LGBTQ+ phobia and the hegemony of CIS heteronormative bodies 33–46 …”

Experiência Urbana Gay na Cidade: uma Revisão Sistemática

“…É o caso, por exemplo, das experiências urbanas gays que ocorrem na realidade das cidades brasileiras e latino-americanas (Silva, 2016). Nossas cidades fazem parte do chamado eixo sul-global, realidade que, historicamente, estiveram subordinadas do ponto de vista econômico, ideológico e espacial ao eixo norte-global, ou seja, uma subordinação sustentada por relações de colonialidade, racialidade, hierarquizações de sexo-gênero e pela atualização de mecanismos de opressão e exclusão da diferença (Dimenstein et al, 2020). Assim, os modos de utilização e de circulação do espaço urbano são forjados por essas relações de opressão e controle, de acordo com o gênero, a sexualidade, a classe, geração e raça (Puccinelli, 2017).…”

Direito À Saúde Para Quem?: Experiências De Mulheres Trans E Travestis Negras No Acesso Aos Serviços De Saúde

“…Este propõe que as questões de gênero necessitam ser discutidas de modo intrínseco a outras categorias presentes nas opressões que dão base à colonialidade de poder, ou seja, às diversas submissões sofridas pelos indivíduos racializados e colonizados. Tentaremos, então, vislumbrar quais opressões o corpo trans e travesti negro sofre para garantir o direito à saúde, considerando a perpetuação do sistema-mundo-capitalista fundado em valores de extermínio e segregação de corpos não disciplinados (LUGONES, 2014;DIMENSTEIN, 2020;RIGATTO, 2021).…”

“…Pois, mesmo padecendo o apagamento durante todo o processo colonizador das Américas, eles sempre estiveram presentes na construção dos conhecimentos culturais, sociais e políticos (LUGONES, 2014;QUIJANO, 2005;DIMENSTEIN, 2020;RIGATTO, 2021).…”