Fumicultura: uso de equipamento de proteção individual e intoxicação por agrotóxico Tobacco farming: use of personal protective equipment and pesticide poisoning

Abstract

Article extracted from the paper Demographic, socioeconomic and health profile of tobacco farmers families in a city of southern Brazil. Paper presented at the Post-Graduate Nursing Program of the Federal University of Rio Grande do Sul, Porto Alegre, in March 2013. How to quote this article:Cargnin MCS; Echer EC; Silva DR. Tobacco farming: use of personal protective equipment and pesticide poisoning. Rev Fund Care Online. 2017 abr/jun; 9(2):466-472. DOI: http://dx.doi. org/10. 9789/2175-5361.2017.v9i2.466-472 ABSTRACTObjective: To verify the use of Personal Protective Equipment (PPE) and the presence of symptoms of intoxication by pesticides in tobacco farmers. Methods: Cross-sectional study with farmers of the northwest of the state of Rio Grande do Sul in 2012/2013 through a household survey with interview. Results: Participants were 100 male farmers, they were on average 46.9±10.8 years-old; 97 (97.0%) used pesticides; 81 (81.0%) reported using PPE; 20 (20.0%) had symptoms of intoxication. Conclusions: Workers make partial use of PPE, it may favor the emergence of health problems related to pesticides. It is necessary that health workers, along with these workers, to incorporate into practice the comprehensive health assistance encompassing prevention, promotion, assistance and reporting of cases of poisoning. (20,0%) tenían síntomas de intoxicación. Conclusiones: Los trabajadores hacen uso parcial de EPP que puedan favorecer la aparición de problemas de salud relacionados con los plaguicidas. En este sentido, es necesario que los trabajadores de la salud, junto con estos trabajadores incorporan a la práctica la atención de la salud global que incluya la prevención, promoción, asistencia y la notificación de los casos de intoxicación. Descriptors

Uso de Agrotóxicos e o Panorama das Intoxicações Exógenas no Noroeste do Rio Grande do Sul

“…Os indivíduos que tiveram somente exposição correspondem à 59% (198 notificações), para intoxicação confirmada são 32% dos dados (108 notificações), 3% (8 notificações) são referentes a reação adversa ou outro diagnóstico e 6% (20 notificações) não possuem informação para essa variável. Contudo, somente a exposição já é suficiente para causar alterações celulares e, consequentemente, pode estar associada a doenças neurológicas e alguns tipos de câncer, como neoplasia no cérebro, linfoma não-Hodgkin, melanoma cutâneo, câncer no sistema digestivo, sistemas genitais masculino e feminino, sistema urinário, sistema respiratório, câncer de mama e câncer de esôfago (Caldas 2016;Lopes & Albuquerque 2018).…”

“…Conforme , municípios localizados no Noroeste do Estado o Rio Grande do Sul, apresentam intensa atividade agrícola em lavouras, pecuária e lavouras temporárias, desenvolvida majoritariamente por agricultura familiar (73%) e por demais produtores (27%) (Tabela 2). As classes e os agrotóxicos que podem causar transtornos psiquiátricos menores (DPM) são organofosforados, carbamatos e inseticidas inibidores da colinesterase, segundo um estudo realizado no Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul em agricultores (Caldas 2016). Há certa dificuldade em estabelecer relações de causa e efeito entre o uso de agrotóxicos por um período longo e as doenças crônico degenerativas, o que é diferente para intoxicações agudas (Neves & Bellini 2013).…”

Noções e uso de agrotóxicos: Um estudo de caso com agricultores familiares

“…A literatura aponta que um EPI agrícola é composto por: botas de borracha, calça (75% impermeável, 25% permeável), camisa de algodão manga longa, avental impermeável, boné de tecido com protetores para o pescoço ou touca árabe, viseira de material plástico transparente e luvas impermeáveis (Veiga & Almeida & Duarte, 2016). Estudos indicaram predomínio do uso de EPIs incompletos (Leão, et al, 2018), com priorização de bota, macacão, luvas, máscara (80%), viseira, chapéu/boné (20%) e óculos protetor (13%) (Cargnin & Echer & Silva, 2017), e ainda, (20%) não usavam EPIs em função do trabalho ser realizado manualmente (Camponogara, et al, 2017). Já em estudo com proprietários e trabalhadores da fruticultura, houve maior proporção de uso completo de EPIs entre trabalhadores (63%) em relação aos proprietários (51%) e, dentre os que não utilizavam EPIs, essa diferença foi de 7% em proprietários e 2% nos trabalhadores (Corcino, et al, 2019).…”

“…A questão financeira foi outro importante fator limitante para aquisição de EPIs devido à baixa renda familiar de muitos agricultores (Abreu & Alonso, 2016;Fenzke, et al, 2018). A exposição ocupacional pelo uso parcial ou falta de EPIs no manejo de agrotóxicos favorece agravos à saúde e quadros de intoxicação aguda ou crônica pela absorção (respiratória, dérmica e oral) desses produtos, vulnerabilizando os trabalhadores rurais (Araújo & Oliveira, 2017;Cargnin & Echer & Silva, 2017).…”

“…). O glifosato também foi o principal herbicida utilizado em diferentes estados brasileiros(Cargnin & Echer & Silva, 2017, Neves, et al, 2020Petarli, et al, 2019).Research,…”