“…107-108) desse modo, é diferente pensar o presente e a atualidade. Cardoso (1995) afirma que a atualidade implica uma temporalização do presente a partir do exercício da problematização, permitindo destacar, reconhecer ou distinguir um certo elemento desse presente. a atualidade caracteriza-se como movimento de disjunção desse presente, de uma não contemporaneidade dele em relação a ele mesmo.…”
Section: A Concepção De Tempo E Sua Implicação Metodológica Nas Abordunclassified
Nosso objetivo é discutir possíveis aproximações entre duas abordagens que têm fundamentado análises referentes aos modos de subjetivação: a genealogia e a cartografia. Destacamos as estratégias de problematização presentes em cada abordagem, enfatizando as noções de gênese, descontinuidade e defasagem presentes na primeira, assim como a noção de rizoma presente na segunda. A aproximação proposta baseia-se na discussão da noção de tempo. O ponto nodal refere-se à compreensão de que ambas as abordagens não buscam na história ou no presente a efetuação do acontecimento em estados de coisas, mas sim, buscam dar visibilidade às forças, suas virtualidades, possibilidades de criação e riscos de captura. Apresentamos exemplos de como essas estratégias metodológicas operaram em uma pesquisa que procedeu a uma análise das configurações de rede no campo da saúde mental. A discussão proposta fornece subsídios para a criação de novas possibilidades de produção de conhecimento em Psicologia Social.
“…107-108) desse modo, é diferente pensar o presente e a atualidade. Cardoso (1995) afirma que a atualidade implica uma temporalização do presente a partir do exercício da problematização, permitindo destacar, reconhecer ou distinguir um certo elemento desse presente. a atualidade caracteriza-se como movimento de disjunção desse presente, de uma não contemporaneidade dele em relação a ele mesmo.…”
Section: A Concepção De Tempo E Sua Implicação Metodológica Nas Abordunclassified
Nosso objetivo é discutir possíveis aproximações entre duas abordagens que têm fundamentado análises referentes aos modos de subjetivação: a genealogia e a cartografia. Destacamos as estratégias de problematização presentes em cada abordagem, enfatizando as noções de gênese, descontinuidade e defasagem presentes na primeira, assim como a noção de rizoma presente na segunda. A aproximação proposta baseia-se na discussão da noção de tempo. O ponto nodal refere-se à compreensão de que ambas as abordagens não buscam na história ou no presente a efetuação do acontecimento em estados de coisas, mas sim, buscam dar visibilidade às forças, suas virtualidades, possibilidades de criação e riscos de captura. Apresentamos exemplos de como essas estratégias metodológicas operaram em uma pesquisa que procedeu a uma análise das configurações de rede no campo da saúde mental. A discussão proposta fornece subsídios para a criação de novas possibilidades de produção de conhecimento em Psicologia Social.
“…Foucault ainda traz que interrogar a atualidade é fazer questionamento como acontecimento e assim, problematizá-la (Cardoso, 1995). Deste modo, acontecimento força o pensamento, e certamente esse acontecimento, a entrada em cena do ECA, nos instiga a perguntar e investigar quais os novos discursos e práticas sobre a infância?…”
A sociedade moderna tem enfrentado um pânico social crescente em que a mídia espalha as taxas de crimes e violência de maneiras sensacionalistas pelos meios de comunicação. Nesse contexto, estão envolvidos no “mundo do crime”, os adolescentes autores de atos infracionais, que são atos contrário às normas, sendo ilegal e julgado por lei, como consta no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). É de extrema preocupação as situações dos jovens em conflito com a lei, principalmente no que tange às práticas dos profissionais de psicologia para modificar essa realidade. Há uma tendência política e social de intervir na substância do problema sem investigar sua causa raiz, acreditando que sua solução só é alcançada por meio de leis e decretos, separados das necessidades das crianças e adolescentes no Brasil. Pretende-se problematizar as questões relacionadas à prática profissional dos psicólogos neste contexto; compreender o papel da psicologia na reinserção social das crianças e adolescentes em medidas socioeducativas e fatores de reincidência. Mapear e rastrear os principais textos sobre o tema; buscar analisadores na história; analisar e construir mapas das relações de poder e esquema de forças; traçar diagramas; problematizar objetos e práticas. A metodologia utilizada é a cartografia, método postulado por Deleuze e Guattari (1995) na introdução do livro Rizoma: esquizofrenia e capitalismo e parte de um novo entender sobre o pesquisar. Nesse trabalho, tecemos dois diagramas desenrolando suas linhas de força, poder/saber e buscando as linhas de fuga, de resistência – talvez o grande desafio da psicologia nesse campo.
“…A natureza e os infantes, assim como os loucos e os delinquentes da discussão foucaultiana, nada mais seriam do que o produto discursivo de uma época, uma delimitação que permite a aproximação da realidade de certa maneira. 10 A noção de acontecimento, em Foucault, está atrelada à irrupção de singularidades e aos seus momentos de produção (CARDOSO, 1995). Abandona-se, nessa perspectiva, a tentativa de construção de narrativas que promovam uma linearidade historicizável.…”
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