Abstract:Realizou-se o levantamento da comunidade arbórea de uma floresta semidecidual montana ribeirinha, situada no alto Rio Pardo, Santa Rita de Caldas, Minas Gerais (altitude 1.156 a 1.203 m), com o objetivo de avaliar as variações estruturais e variáveis ambientais relacionadas ao substrato. Foram analisadas a densidade, área basal e distribuição de tamanho das árvores e a composição florística da comunidade. Foram alocadas 25 parcelas de 10x40 m para amostragem dos indivíduos arbóreos com diâmetro à altura do pei… Show more
“…NI: número de indivíduos; NS: número de subparcelas com ocorrência; DR: densidade relativa; FR: frequência relativa; DoR: dominância relativa; %R: porcentagem de indivíduos ramificados. Loures et al (2007), é classificada como peculiar exclusiva das florestas de brejo por sua ocorrência preferencial em solos úmidos associados a várzeas inundáveis (Torres et al 1992, Ivanauskas et al 1997, Toniato et al 1998, Lorenzi 2002, aqui sendo confirmada essa ocorrência. Botrel et al (2002), Carvalho et al (2005) e Rocha et al (2005) indicaram Sebastiania commersoniana, Trichilia emarginata, Myrcia multiflora, Eugenia florida e Copaifera langsdorffii como espécies indiferentes às variáveis ambientais.…”
O Vale do rio Paraíba do Sul pode ser caracterizado pela supressão intensa de suas formações vegetais nativas adjacentes. Este trabalho buscou caracterizar a estrutura e a flora de fragmentos florestais remanescentes localizados em São José dos Campos (Eugênio de Melo - EM) e Tremembé (TR) e obter a listagem de espécies florestais de várzea inundável recomendada para recuperação de áreas degradadas da região. Cada área recebeu duas parcelas (50 × 20 m) onde foram incluídas árvores com diâmetro a 1,30 m de altura do solo ≥ 5 cm. Para a interpretação dos dados foram utilizados os parâmetros fitossociológicos usuais e análises multivariadas, assim como o índice de diversidade de Shannon (H') e de equabilidade de Pielou (E). A fitofisionomia em TR é mais heterogênea e complexa comparada à EM, cuja homogeneidade é expressa pelo predomínio de populações de Sebastiania commersoniana e Alchornea triplinervia.
“…NI: número de indivíduos; NS: número de subparcelas com ocorrência; DR: densidade relativa; FR: frequência relativa; DoR: dominância relativa; %R: porcentagem de indivíduos ramificados. Loures et al (2007), é classificada como peculiar exclusiva das florestas de brejo por sua ocorrência preferencial em solos úmidos associados a várzeas inundáveis (Torres et al 1992, Ivanauskas et al 1997, Toniato et al 1998, Lorenzi 2002, aqui sendo confirmada essa ocorrência. Botrel et al (2002), Carvalho et al (2005) e Rocha et al (2005) indicaram Sebastiania commersoniana, Trichilia emarginata, Myrcia multiflora, Eugenia florida e Copaifera langsdorffii como espécies indiferentes às variáveis ambientais.…”
O Vale do rio Paraíba do Sul pode ser caracterizado pela supressão intensa de suas formações vegetais nativas adjacentes. Este trabalho buscou caracterizar a estrutura e a flora de fragmentos florestais remanescentes localizados em São José dos Campos (Eugênio de Melo - EM) e Tremembé (TR) e obter a listagem de espécies florestais de várzea inundável recomendada para recuperação de áreas degradadas da região. Cada área recebeu duas parcelas (50 × 20 m) onde foram incluídas árvores com diâmetro a 1,30 m de altura do solo ≥ 5 cm. Para a interpretação dos dados foram utilizados os parâmetros fitossociológicos usuais e análises multivariadas, assim como o índice de diversidade de Shannon (H') e de equabilidade de Pielou (E). A fitofisionomia em TR é mais heterogênea e complexa comparada à EM, cuja homogeneidade é expressa pelo predomínio de populações de Sebastiania commersoniana e Alchornea triplinervia.
“…The presence of well-drained sites can increase the local diversity of the flora of floodplain vegetation formations (Menezes et al 2010) by allowing the establishment of species that are less tolerant to water saturation, which prevail in the neighboring vegetation formations (Scarano 2002;Rocha et al 2005;Teixeira et al 2008). Therefore, floristic and structural differences can be observed between different sites within the same vegetation formation, because of different drainage conditions (Loures et al 2007;Teixeira et al 2008) and of influence from the neighboring vegetation (Ivanauskas et al 1997;Teixeira & Assis 2009). …”
The waterlogging of soils creates selective environments for plant species. The frequency and duration of flooding influence the responses to ecological processes, determining the structure and floristic composition of vegetation formations. We investigated the relationship between floristic composition and environmental heterogeneity of native field, one physiognomic type found interspersed with semideciduous forest in the plains in the northern part of the state of Espírito Santo, Brazil, which is characterized by varying degrees of waterlogging. Our results indicate that the differentiation of physiognomic types of native field is related to the frequency and duration of waterlogging to which each is subjected, resulting in a somewhat shared flora, dominated by phanerophytes. Flooding was also found to account for differences between the areas analyzed in terms of the soil pH, which ranged from strongly acid to extremely acid. The geographic proximity between the native field studied and areas of muçununga (or mussununga, a coastal forest ecosystem associated with the Atlantic Forest) did not increase the floristic similarity between the two.
“…A presença de sítios de melhor drenagem pode determinar o incremento da diversidade local da flora das florestas paludosas, por meio do estabelecimento de espécies menos tolerantes à saturação hídrica, que prevalecem nas formações florestais circundantes (Scarano 2002;Marques et al 2003;Rocha et al 2005;Teixeira et al 2008). Dessa forma, diferenças florísticas e estruturais podem ser observadas dentro de um mesmo remanescente, em função das diferentes condições de drenagem (Loures et al 2007;Teixeira et al 2008) e entre diferentes remanescentes desse tipo florestal, conforme a influência da vegetação circundante (Costa et al 1997;Ivanauskas et al 1997;Paschoal & Cavassan 1999;Teixeira & Assis 2005). Embora a relação entre a estruturação da comunidade de plantas e as variações ambientais locais tenha sido explorada em diferentes florestas ribeirinhas (e.g.…”
Section: Introductionunclassified
“…C D em outras florestas paludosas no Brasil, que de modo geral detiveram de 30 a 60 espécies (ver Silva et al 2007). Embora os diferentes critérios de inclusão dos indivíduos e os esforços amostrais muito distintos dificultem uma comparação mais precisa entre as florestas, a riqueza encontrada corrobora um padrão que emergiu com os estudos recentes: o incremento da riqueza florística dessas florestas tem sido relatado em função das diferentes condições edáficas locais e da interface com outros tipos florestais (Marques et al 2003;Rocha et al 2005;Teixeira et al 2008), de forma que, sob essas condições, o número de espécies pode chegar a 100 ou mais (Rocha et al 2005;Loures et al 2007).…”
unclassified
“…Das famílias representadas por um maior número de espécies em Cristais Paulista, Euphorbiaceae, Fabaceae, Lauraceae e Myrtaceae estiveram, juntamente com Meliaceae, entre as mais ricas em florestas paludosas do interior do Brasil (Torres et al 1994;Costa et al 1997;Ivanauskas et al 1997;Toniato et al 1998;Paschoal & Cavassan 1999;Marques et al 2003, Rocha et al 2005Guarino & Walter 2005;Teixeira & Assis 2005;Loures et al 2007). Já a riqueza de Melastomataceae e Rubiaceae pode estar associada ao critério adotado para inclusão dos indivíduos, que possibilitou a amostragem de representantes de sub-bosque.…”
Neste estudo foi caracterizada a composição florística e fitossociológica de uma floresta paludosa no nordeste do Estado de São Paulo, onde variações no padrão de drenagem ocorrem principalmente no sentido perpendicular ao curso d'água, em função da topografia. Nosso objetivo foi investigar a distribuição das espécies em relação ao substrato e a entrada de luz na comunidade. Foram alocadas 60 parcelas de 10×10 m, distribuídas em seis grupos de 10 parcelas cada. Em cada parcela foram medidos e identificados os indivíduos com PAP > 10 cm, avaliadas as propriedades químicas e granulometria do solo, o desnível topográfico, a drenagem e a abertura do dossel. Foram registradas 88 espécies, das quais 61 foram observadas nas parcelas. Uma análise de correspondência canônica (CCA) indicou correlações entre a distribuição das 29 espécies mais abundantes e drenagem, desnível topográfico e Fe no eixo 1 e abertura do dossel no eixo 2. O coeficiente de Spearman indicou correlações significativas entre 66% das 29 espécies e profundidade do lençol freático ou abertura do dossel. Como exemplo, Calophyllum brasiliense e Xylopia emarginata prevaleceram em solos mal drenados; Siphoneugena densiflora e Virola sebifera em solos bem drenados; Myrcia laruotteana e Xylopia sericea em parcelas com maior abertura de dossel. A heterogeneidade ambiental foi um importante fator na determinação da distribuição e a coexistência de espécies, resultando em um incremento na diversidade local.
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