“…Esses últimos autores têm destacado a clínica psicológica como uma das responsáveis pela divulgação da metodologia fenomenológica no Brasil, adotada como alternativa em relação à clínica de orientação psicanalítica, que se manteve dominante e quase homogênea durante tantos anos em nosso cenário. Assim, através da Psicologia Humanista, da Gestaltterapia, da Psicologia Existencial, da Logoterapia, bem como com a divulgação de filósofos identificados como fenomenólogos e existencialistassobretudo Jean Paul Sartre, Martin Heidegger, Martin Buber e Maurice Merleau-Ponty, para nomear alguns dos mais citados pelos autores brasileiros -, a Fenomenologia foi se fazendo conhecer em seus aspectos metodológicos, em um primeiro momento no contexto clínico e, posteriormente, através de pesquisas empíricas em Psicologia (Gomes, Holanda & Gauer, 2004 Goto (2008), Holanda (1997Holanda ( , 2009Holanda ( , 2012, Castro e Gomes (2011), Feijoo e Goto (2017), Peres (2014aPeres ( , 2014b, Barreira (2011Barreira ( , 2013aBarreira ( , 2013bBarreira ( , 2017 Diante disso, podemos destacar que, apesar da psicologia fenomenológica ser uma disciplina importante para a fenomenologia transcendental, ela se distingue radicalmente desta. Como conclui Husserl (1927), a psicologia fenomenológica é, sem dúvida paralela à fenomenologia transcendental, porém devemos distinguir, de início, o rigor e a finalidade de ambas.…”