2017
DOI: 10.1590/1806-9584.2017v25n3p1035
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Feminismos Subalternos

Abstract: Uma das constatações mais importantes realizadas nas últimas décadas no âmbito global da produção do conhecimento é a verificação da economia política que a estimula, particularmente no domínio das Ciências Sociais. Diferentes autores/as sustentam a existência de uma divisão global do trabalho que reproduz a lógica da geopolítica colonial e neoliberal: é do Norte global onde a criação de teorias com pretensões universais e explicativas são exportadas, estimulando um complexo processo de dependência acadêmica (… Show more

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“…Entendemos como a partir dessas diversas caracterizações -seja o feminismo para os 99% (Arruzza et al, 2019), o feminismo subalterno (Ballestrin, 2017), o feminismo decolonial (Lugones, 2014;Quijano, 2000), o feminismo popular (D'Atri, 2017a) ou o feminismo anticapitalista e socialista (D'Atri, 2017b; Assunção, 2017) -o movimento feminista aqui retratado de forma heterogênea como frente de luta desafia um feminismo ocidental alinhado com as pautas neoliberais: [...] acusado por seu universalismo, etnocentrismo, anglo -eurocentrismo, branqueamento e pela negligência de questões coloniais e raciais que atravessam etnias, nacionalidades e geografias. Passou, também, a ser retratado como um feminismo do Norte e de Primeiro Mundo, muito pouco sensível às questões das mulheres não ocidentais, do Sul e do Terceiro Mundo.…”
Section: Feminismo Classista E a Politização Do Movimento De Mulheresunclassified
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“…Entendemos como a partir dessas diversas caracterizações -seja o feminismo para os 99% (Arruzza et al, 2019), o feminismo subalterno (Ballestrin, 2017), o feminismo decolonial (Lugones, 2014;Quijano, 2000), o feminismo popular (D'Atri, 2017a) ou o feminismo anticapitalista e socialista (D'Atri, 2017b; Assunção, 2017) -o movimento feminista aqui retratado de forma heterogênea como frente de luta desafia um feminismo ocidental alinhado com as pautas neoliberais: [...] acusado por seu universalismo, etnocentrismo, anglo -eurocentrismo, branqueamento e pela negligência de questões coloniais e raciais que atravessam etnias, nacionalidades e geografias. Passou, também, a ser retratado como um feminismo do Norte e de Primeiro Mundo, muito pouco sensível às questões das mulheres não ocidentais, do Sul e do Terceiro Mundo.…”
Section: Feminismo Classista E a Politização Do Movimento De Mulheresunclassified
“…Passou, também, a ser retratado como um feminismo do Norte e de Primeiro Mundo, muito pouco sensível às questões das mulheres não ocidentais, do Sul e do Terceiro Mundo. (Ballestrin, 2017(Ballestrin, : 1040 Recuperamos, neste ensejo, não só a relação de exploração, mas também os processos de dominação e conflito demarcados por Aníbal Quijano (2000) como as linhas principais de classificação que identificam a formação do capitalismo colonial moderno, essencialmente marcado pela interseccionalidade das categorias raça, gênero e trabalho. O sociólogo peruano indica que as relações de gênero são ordenadas também pela lógica da colonialidade do poder, conceito que propõe toda revisão e reação a um poder que se organiza numa estrutura colonial -a forma latino -americana de ser subalterno, que explicita, por exemplo, como a não branquitude da classe dominada no subcontinente é utilizada para reforçar a exploração de classe.…”
Section: Feminismo Classista E a Politização Do Movimento De Mulheresunclassified
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“…Sua luta surge do fato de que, dentro de uma sociedade patriarcal, machista e com resquícios coloniais, o corpo feminino é inserido no limite de vontades e poderes do homem, fazendo com que mulheres sejam agredidas, abusadas, estupradas e mortas por homens quando o desejo masculino não é realizado. A ideia é que "o corpo feminino pode ser pensado como o primeiro 'território' a ser conquistado e ocupado pelo colonizador [...] Nas mais diversas situações de conflitualidades violentas, a vulnerabilidade do corpo feminino é acentuada" (BALLESTRIN, 2017(BALLESTRIN, , p. 1038, e tal situação permanece. Frente a isso, outro dos objetivos base do Ni Una Menos enquanto coletivo é construir uma realidade em que a mulher tenha a liberdade de poder decidir entre dizer sim ou dizer não, e que seja sua escolha qual for, que ela seja respeitada.…”
Section: "Vivas Nos Queremos" -A Quarta Onda Feminista E O Feminismo unclassified