Fatores associados em gestantes com Lúpus Eritematoso Sistêmico

Abstract

Objetivo: Compreender as repercussões da Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) em gestantes. Revisão bibliográfica: O LES é mais acometido no sexo feminino ocorrendo em fase reprodutiva na faixa etária de 20 a 45 anos. As pacientes portadoras de LES durante período gestacional, são consideradas de alto risco pelo fato de haver um quadro com uma maior incidência de complicações tanto para a gestante e também para o feto como: parto prematuro, exacerbação da atividade da doença, retardo do crescimento intrauterino, pré-eclâmpsia e perda fetal. Com relação à gravidez, em torno de 50% das gestações em mulheres com lúpus não apresentam alteração ou comprometimento na gravidez sendo normais, e 25% geram bebês que nascem com complicações por ser prematuros e o restante, correspondem, ao aborto espontâneo ou morte do bebê. Considerações finais: A LES apresenta uma gama de sinais e sintomas nas gestantes alterando as atividades fisiológicas da mulher. Assim, trata-se de uma doença que não tem cura, mas apenas controle e prevenção durante o período da gestação, no início da gestação e pós gestação. Para reduzir tal morbimortalidade materna-fetal recomenda-se um acompanhamento de uma equipe multidisciplinar preconcepção.

Implicações materno-fetais e neonatais do lúpus eritematoso sistêmico durante a gravidez: uma revisão integrativa

“…Outra complicação materna em gestantes com LES é a ocorrência de eventos tromboembólicos (Bundhun, Soogund & Huang, 2017;Bundhun, Soogund & Huang, 2018;Oliveira et al, 2017). Associa-se tal questão ao fato de a gestação, por si só, já alterar os níveis de fatores de coagulação como proteína S, fibrinogênio e fator II e IV, aumentando em até cinco vezes a ocorrência de algum episódio tromboembólico (Oliveira et al, 2017).…”

“…Na população geral portadora de lúpus eritematoso sistêmico, é relatada a prevalência de anticorpos anticardiolipina (12 a 44%), anticoagulante lúpico (15 a 34%) e anticorpo anti-β2-Glicoproteína I (10-10%) (Bundhun, Soogund & Huang, 2018;Oliveira et al, 2017). Tal questão associa-se a uma maior frequência de trombose e de perdas gestacionais pelo desenvolvimento de insuficiência placentária (Bundhun, Soogund & Huang, 2018).…”

“…Tal questão associa-se a uma maior frequência de trombose e de perdas gestacionais pelo desenvolvimento de insuficiência placentária (Bundhun, Soogund & Huang, 2018). A presença de anticorpos antifosfolípides, relatada em até um terço das gestantes portadoras de LES, também estaria relacionada com uma maior propensão ao desenvolvimento de eventos tromboembólicos, conferindo um pior prognóstico para a gestação (Bundhun, Soogund & Huang, 2018;Oliveira et al, 2017).…”

“…Assim, identificar esses marcadores para trombofilia se mostra útil, clinicamente, para distinguir quais pacientes possuem maior risco de complicações obstétricas (Oliveira et al, 2017).…”

Assistência farmacêutica ao paciente com Lúpus Eritematoso Sistêmico sob uso de Azatioprina e Hidroxicloroquina: uma revisão de literatura

“…Sua principal característica é a produção de anticorpos antinucleares. Esta é uma patologia que pode acometer indivíduos em qualquer fase da vida, porém, em termos de sexo, é mais prevalente em mulheres (Oliveira et al, 2022). O lúpus é dividido em três formas clínicas, a saber: lúpus discóide, lúpus cutâneo subagudo e lúpus eritematoso sistêmico e outras formas de lúpus eritematoso disseminado (BRASIL, 2013).…”