Expressão de genes relacionados ao metabolismo de vitamina D3 mediante suplementação e estudo de associação com a maciez da carne em bovinos da raça Nelore

Diferença em proteólise <i>postmortem</i> entre <i>Bos taurus taurus </i>e<i> Bos taurus indicus</i> pode estar associada a capacidade máxima respiratória mitocondrial

“…A proteólise miofibrilar como consequência da atuação das calpaínas pode ser evidenciada pelo índice de fragmentação miofibrilar, obtido pela fragilização das miofibrilas e mensuração por turbidimetria solução com concentração proteica conhecida, inversamente relacionada à força de cisalhamento (Ilian et al, 2004;Ilian et al, 2001; Wheeler e Koohmaraie, 1994) e que aumenta com a maturação (Olson et al, 1976). A expressão de calpaína, medida pela abundância de RNAm, e o índice de fragmentação miofibrilar de bifes maturados por 21 dias provenientes de animais Bos taurus indicus, apresentaram associação significativa, indicando o impacto da regulação da expressão de calpaína sobre o índice de fragmentação miofibrilar inversa, ou seja, a redução da expressão está associada ao aumento dos valores de fragmentação, indicando que nível máximo de expressão é alcançado neste tipo biológico para promover amaciamento (Rezende, 2011). Quando comparados animais Bos taurus e Bos indicus, os valores dessa fragmentação aumentam com a redução da contribuição genética de Bos indicus (Whipple et al, 1990a).…”

“…Em condições de pH ideal, a maior atividade inibitória da calpastatina às 24 horas postmortem de animais Bos indicus (Wulf et al, 1997) pode ser em parte explicada por modificações nas frequências alélicas para o gene CAST (Curi et al, 2010). A maior expressão do gene que codifica a calpastatina tipo II (CAT II) está relacionada ao aumento da força de cisalhamento (Rezende, 2011). Modificações alélicas favoráveis no gene CAST II reduz a expressão de RNA mensageiro diferencialmente entre animais Angus e Brahman, sendo que para animais Angus a presença de 2 alelos favoráveis reduz a expressão em 11% quando comparada a animais Brahman com os 2 alelos favoráveis (Nattrass et al, 2014).…”

Temperamento divergente em bovinos está associado à alteração no amaciamento de carne e atividade inibitória de calpastatina

“…Este resultado também foi verificado em Charolês e Blonde d'Aquitaine, porém não foi verificado efeito em Limousin(ALLAIS et al, 2011). Em Nelore, este gene não afetou a FC de carnes maturadas (CARVALHO, 2012), enquanto que novilhos da mesma raça demonstraram maior expressão do CAST2 em carnes mais macias nos dias 1, 7 e 21 post mortem(REZENDE, 2011). Portanto, existem resultados divergentes para este gene em relação seu efeito na maciez.…”