RESUMOObjetivo: caracterizar o desempenho em tarefas fonológicas e silábicas de escolares com dislexia do desenvolvimento e comparar estes achados com o desempenho de discentes com bom desempenho escolar. Métodos: participaram do estudo 26 alunos de oito a 12 anos de idade, de ambos os sexos, de 2ª. a 4ª. séries do Ensino Fundamental municipal na cidade de Marilia-SP, divididas em GI: composto por 13 escolares com dislexia atendidos no Centro de Estudos da Educação e Saúde -CEES/ UNESP e GII: composto por 13 alunos com bom desempenho acadêmico, pareados segundo sexo, idade e escolaridade com o GI. Como procedimento foi utilizada a Prova de Consciência Fonológica -Instrumento de Avaliação Seqüencial -CONFIAS. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo Teste Mann-Whitney (comparação entre os grupos) e Teste dos Postos Sinalizados-Wilcoxon (comparação entre as variáveis). Resultados: os resultados evidenciaram diferença estatisticamente significante, sugerindo melhor desempenho do GII em relação ao GI quanto às tarefas fonêmicas e silábicas. O GI apresentou diferença estatisticamente significativa nas tarefas silábicas e fonêmicas, com melhor desempenho nas primeiras. Entre os escolares do GII não houve grande diferença estatística entre tarefas silábicas, apenas entre tarefas fonêmicas. Conclusão: o estudo concluiu que escolares com dislexia do desenvolvimento apresentam dificuldades quanto à identificação de rima e produção de palavras com o som dado, apontando para um déficit em acessar os códigos e as representações fonológicas. pequenas unidades de fala, denominados fonema, correspondem a letras. A consciência de que a lín-gua é composta de pequenos sons é fundamental para aprender a ler e produzir a escrita alfabética. A proficiência em decodificação de palavras em segmentos menores tem relação com melhor desempenho futuro em leitura [1][2][3][4] . O sistema alfabético de escrita associa um componente auditivo fonêmico a um componente visual gráfico (correspondência grafofonêmica) e para a compreensão do princípio alfabético são necessá-rios três fatores: a consciência de que é possível segmentar a língua falada em unidades distintas; o conhecimento de que essas mesmas unidades repetem-se em diferentes palavras faladas e a ciên-cia das regras de correspondência entre grafemas e fonemas. Destaca-se que os dois primeiros fatores são aspectos da consciência fonológica, e isto a
DESCRITORES:
INTRODUÇÃOAprender a ler e a escrever em uma língua alfabética significa que a criança deve entender que as