“…Essa batalha por sentidos é caudalosa, exige que nos comprometamos com a invisibilidade presente e diante da composição uniforme dos saberes e sujeitos padrões, propor uma incursão de rasuras (Souza, 2009) nessa epistemologia dominante, no questionamento da autoridade epistêmica instituída, com o intuito de que possamos apreender no lócus lacunar de enunciação. Isso também pode ocorrer no âmbito dos estudos organizacionais, quando se verifica a hegemonia e padronização desse campo científico segundo parâmetros constituídos no Norte Global, cujos efeitos são sentidos na produção discursiva inferiorizante de outras localidades e de seus saberes (Szlechter et al, 2020), encobrindo, assim, as peculiaridades dos contextos locais, porém, num movimento insurgente, adentra-se no plano das entrelinhas, das práticas organizativas não contemporizadas pela racionalidade hegemônica. Ademais, vale ressaltar que pode-se dizer que as formas do dizer são regidas, efetivamente, por quem pode dizer, pelo que pode e como ser dito e consagrado, histórica e socialmente, na história do campo intelectual, [particularmente no administrativo].…”