Estresse ocupacional em ambiente hospitalar no cenário da COVID-19: revisão das estratégias de enfrentamento dos trabalhadores de enfermagem

Abstract

Introdução: A COVID-19 é um problema de saúde pública mundial que possui potencial risco à vida e amplo potencial de disseminação fazendo-se necessário a implementação de estratégias que visem a qualidade da assistência em saúde. Objetivo: Identificar estratégias de enfrentamento do estresse ocupacional dos trabalhadores de enfermagem em ambiente hospitalar no cenário da pandemia COVID-19, por meio de uma revisão bibliográfica. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa, descritiva, qualitativa, realizada nos meses de junho a julho de 2020. Foram selecionados 12 artigos. Três com abordagem quantitativa e nove qualitativas. Resultados: Foi identificado o consenso entre os autores acerca dos efeitos psicológicos negativos que a pandemia trouxe para os profissionais de enfermagem, com destaque para o estresse e a depressão, assim como a importância da realização de estratégias de controle. Conclusão: O Coping, a “sala de bem-estar”, o treinamento de habilidades de comunicação, inteligência emocional, gestão participativa, corresponsabilização dos sujeitos, reflexão das práticas de risco e a tomada de consciência, foram identificados como importantes estratégias de enfrentamento das condições negativas promovidas nesse período de pandemia.

GESTÃO DO ESTRESSE EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM ATUANTES NA PANDEMIA COVID-19: revisão de literatura

“…Quando há um certo do receio do profissional em se abrir para ter um espaço de escuta qualificada foi possível entrar em contato com o atendimento emocional dos serviços de teleconsulta do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Enfermagem que disponibilizaram canais para esse tipo de serviço (Ramos-Toescher, Tomaschewisk-Barlem, Barlem, Castanheira, & Toescher, 2020). Entre as estratégias de enfrentamento para prevenção e controle dos transtornos e desgastes mentais encontram-se o suporte e apoio psicossocial, treinamento de habilidades de comunicação, gestão colaborativa e participativa, reflexão sobre as práticas de risco, tomada de consciência, implantação da sala de "bem-estar, e o coping (Barros et al, 2021).…”

Repercussões da pandemia da COVID-19 para a saúde física e mental dos profissionais de enfermagem

“…Nessa perspectiva, as características inerentes à profissão de enfermagem, principalmente no cuidado de pacientes acometidos pela COVID-19, os tornam mais vulneráveis a desenvolverem doenças ocupacionais, pois permanecem continuamente ao lado do paciente. Neste sentido, torna-se imprescindível que os profissionais de enfermagem sejam treinados a utilizar os EPI de forma adequada e com espaço nas instituições que trabalham para apoio à saúde mental [22][23] .…”

Nível de estresse e avaliação preliminar da síndrome de Burnout em Enfermeiro da UTI na COVID-19 - Estudo de caso

“…Estudos apontam que as instituições devem favorecer intervenções específicas e de maneira precoce ao se identificar qualquer alteração comportamental do profissional e pontuam um conjunto de estratégias importantes, adotadas no enfrentamento das condições no período da pandemia, na qual minimizam o estresse ocupacional, sendo essas, a estratégia de Coping (estratégia de enfrentamento, consciente, cognitivo/comportamental, utilizando recursos internos e externos para lidar com situações estressantes) a "sala de bem-estar" ( ações de auto cuidado, apoio social, técnicas de relaxamento físico e mental), o treinamento de habilidades de comunicação, inteligência emocional, gestão participativa, corresponsabilização dos sujeitos, reflexão das práticas de risco, tomada de consciência, bem como outros incentivos, como, diminuição da carga de trabalho, atuação de mais profissionais na equipe para equilibrar a falta de funcionários e aumentos salariais sendo fortes aliados que promovem no profissional satisfação e motivação para entregar o seu melhor para o serviço, na qual exerce (Barros et al,2021;Miranda, & Afonso, 2021).…”