Estratégias de controle e vigilância de contatos de hanseníase: revisão integrativa

Abstract

RESUMO A pesquisa objetivou analisar as evidências científicas disponíveis sobre controle e vigilância epidemiológica de contatos de hanseníase. Trata-se de uma revisão integrativa norteada pela pergunta: qual a produção científica sobre controle e vigilância epidemiológica de contatos de hanseníase? Incluíram-se estudos primários, publicados em inglês, português ou espanhol nas bases de dados PubMed, Lilacs e Cinahl, entre 2008 e 2018, disponíveis na íntegra. A amostra foi composta por 19 estudos. Identificaram-se três categorias temáticas: fatores de risco para infecção e adoecimento entre os contatos de hanseníase, vigilância ativa de contatos de hanseníase e novas estratégias de controle e vigilância de contatos de hanseníase. Os resultados mostraram estudos voltados à prevenção e controle da hanseníase entre os contatos, entretanto, as evidências apontam novas estratégias que podem ser incorporadas à prática clínica visando à eliminação da hanseníase como problema de saúde pública no País.

O diagnóstico tardio na perspectiva do itinerário terapêutico: grau 2 de incapacidade física na hanseníase

“…Patients' household and consanguineous contacts are more susceptible to the disease, requiring enhanced and active surveillance to control the disease, with an expanded look beyond the individual with the diagnosis 8 .…”

“…It is understood, therefore, that people diagnosed with leprosy and GIF 2 have a late diagnosis. Acquired physical disabilities are considered the main causes of stigma and social isolation and have a strong economic and psychological impact on the lives of those affected 7,8 . Therefore, and in order to reduce the burden of leprosy, there were established goals to reduce GIF 2 at national and global levels, with the incorporation of strategic actions aimed to ensure comprehensive care 3,9 .…”

Hanseníase: estudo epidemiológico no município de Juazeiro-BA (2018-2020)

“…Manifesta-se por meio de lesões dermatoneurológicas que cursam de forma lenta e progressiva, podendo levar à incapacidade física, social, psicológica e econômica. 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10 Ainda que após a instituição da Poliquimioterapia (PQT), em 1991, como tratamento específico tenha resultado na eliminação da doença como um problema de saúde pública global em 2000, anualmente, em média, mais de 200 mil casos novos ainda são reportados à Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmando-se como um desafio a ser superado. 6,7,11,12,13,14,15,16 Nesse sentido, diferentes estratégias têm sido empreendidas pela OMS com objetivo de alcançar o controle da hanseníase, entre elas a Estratégia Global para a Hanseníase 2016-2020 que é voltada, principalmente, para os países que até então não conseguiram alcançar a meta proposta de menos de 1 caso de hanseníase por 10 mil habitantes.…”

“…6,7,11,12,13,14,15,16 Nesse sentido, diferentes estratégias têm sido empreendidas pela OMS com objetivo de alcançar o controle da hanseníase, entre elas a Estratégia Global para a Hanseníase 2016-2020 que é voltada, principalmente, para os países que até então não conseguiram alcançar a meta proposta de menos de 1 caso de hanseníase por 10 mil habitantes. 1,8,16,17,18 Em 2017, a OMS publicou registro epidemiológico que apontava o Sudeste Asiático e as Américas como as áreas mais afetadas pela doença. 14,19 Esse evento ocorre, sobretudo, em países em desenvolvimento, demonstrando relação íntima com as condições ambientais e socioeconômicas.…”

Hanseníase no Estado do Pará: padrões espaciais e temporais visibilizados pela análise dos indicadores epidemiológicos no período de 2004 a 2018

“…A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae (M. leprae), bacilo intracelular obrigatório, que apresenta tropismo pela pele e sistema nervoso periférico. A Organização Mundial da Saúde (OMS) instruiu para a importância do diagnóstico precoce, através de exame dermatoneurológico baseado nos sinais e sintomas característicos das manchas ou lesões na pele e o comprometimento dos nervos periféricos, precursores das incapacidades físicas e deformidades (Boigny et al, 2019;Santos et al, 2019).…”