Estilo De Vida De Universitários: Uma Investigação Sobre Hábitos Alimentares, Atividade Física E Estresse

Abstract

O estilo de vida (EV) representa o modo de vida na qual as pessoas vivem. Quando positivo e saudável pode agir de forma preventiva contra riscos de acidentes e doenças, do contrário eleva a susceptibilidade. Atividade física, nutrição e estresse representam três componentes do EV, sendo que quando adequados contribuem para a saúde geral do indivíduo, porém, durante a vida universitária nem sempre o EV parece adequado. Assim o objetivo do trabalho é investigar o estilo de vida de universitários e mais especificamente os comportamentos de atividade física, hábitos alimentares e estresse. Todos (n=1393) responderam o questionário Estilo de vida Fantástico (EVF), composto por 25 questões em escala likert. O questionário é subdividido em 9 dimensões de análise sendo: Família e amigos (F); Atividade Física (AF); Nutrição (N); Tabaco e drogas (TD); Álcool (Al); Segurança, estresse e atividade sexual (S); Tipo de comportamento (TC); Introspecção (I); Carreira (C). Cada resposta atribui um valor de 0 a 4 pontos totalizando escore máximo de 100. As dimensões AF, N e S foram consideradas separadamente e associadas para análise de resultados. Considerou-se adequado quando as respostas compreendiam valores 3 e 4. O EV dos universitários representou em média 65,6±10,6pts na qual 38% obtiveram EV considerado adequado e seguro para saúde. Observou-se que 14,7%, 15,3% e 87,1% apresentaram níveis adequados de EV para as dimensões AF, N e S respectivamente. O sexo masculino apresentou percentual de casos adequados maior que o feminino para AF (M=20,5%; F=11,5%) e S (M=89,4%; F=85,9%), já na dimensão N o feminino foi mais adequado (F=16,1%; M=13,4%). Quando observada condições em que as dimensões de EV eram associadas (AF+N; AF+S; N+S; e AF+N+S) verificou-se que em 3,5%, 6,2%, 5,6% e 1,6% respectivamente apresentavam EV adequado e seguro à saúde. Estudantes universitários predominantemente não apresentam EV adequado à saúde e para prevenir riscos. Especificamente também não apresentaram condições de AF, N e S adequados, sendo que um número muito pequeno de estudantes universitários demonstrou ter hábitos de atividade física, nutrição e estresse adequados

Saúde Mental: As Múltiplas Faces Da Assistência

“…Dessa forma, as situações estressoras vivenciadas diariamente pelos universitários refletem na qualidade da saúde física e mental, corroborando para indivíduos mais ansiosos, desestimulados, irritados e com possíveis sintomas de depressão (Monteiro;Freitas;Ribeiro, 2007;Prati;Ferreira, 2020).…”

Estilo de vida de estudantes de uma Universidade de Paranavaí – características em época de pandemia

“…A vida universitária denota uma aparente maior responsabilidade, seja pela certa autonomia e liberdade que o jovem adquire, seja pelo próprio compromisso futuro de se estabelecer profissionalmente. Essa condição, caso não seja regrada e responsável contribuirá para problemas de desempenho acadêmico, consequências físicas, mentais e sociais, proporcionando uma formação inadequada, bem como um modo de vida com risco elevado Ferreira, 2020). Com a pandemia da COVID19 a partir de 2019 o estilo de vida das pessoas foi bruscramente alterado, e na vida individual, social e/ou no meio acadêmico as transformações até então inimaginadas, poderiam determinar sobre a vida ou o risco de morte das pessoas (Bezerra et al, 2020;Esteves et al, 2021;Freitas et al, 2022;Haleem;Javaid;Vaishya, 2020).…”

Mudanças percebidas em decorrência do ensino remoto durante a COVID-19 - um estudo transversal

“…A implementação do isolamento social impactou sobremaneira o modo de vida da população, tais como: mudanças significativas nos processos de trabalho, interação social, impacto financeiro nos indivíduos e famílias, comportamentos nutricionais e padrões sedentários (Imaz-Aramburu et al, 2021;Prati et al ., 2020). Todos estes factores representaram uma grande mudança no estilo de vida e na população, indicando sérias implicações para o futuro pós-pandemia (Caroppo et al, 2021;van der Werf et al, 2021).…”