“…O trabalho com o ES exigiu o aprofundamento de conhecimentos sobre os três principais espaços ali envolvidos: a) o espaço universitário, onde faz-se importante conhecer a infraestrutura disponibilizada (ou não) para a realização dos ES, o projeto pedagógico e o currículo do curso de Letras, e o perfil dos licenciandos e dos docentes; b) o espaço escolar, onde é indispensável conhecer a infraestrutura e os recursos disponíveis para o ensino de LI, o perfil dos professores e dos alunos, as demandas e as necessidades relacionadas ao ensino de LI, e as políticas públicas voltadas para a educação escolar e linguística; c) o espaço da Linguística Aplicada, área em que, mais recentemente, pesquisas relacionadas à formação docente têm sido desenvolvidas, dentre as quais, muitas têm examinado e discutido um dos temas considerados mais preocupantes no que se refere à formação docente: a desarticulação entre teoria e prática, que tem historicamente permeado a formação de professores no Brasil (CACETE, 2014;FERNANDEZ;SILVEIRA, 2007;FELICIO, 2006;MELLO, 2000;TANURI, 2000;ANDRÉ ., 1999), inclusive no que se refere à formação de professores de LI (IFA, 2014;VALSECHI;KLEIMAN, 2014;PESSOA, 2010;VIEIRA-ABRAHÃO, 2010;MAIA;MENDES, 2009;PAIVA, 2005), questão também discutida pelos documentos oficiais que orientam a educação nacional (BRASIL, 1996;2001a;2002a;2002b) e na qual o ES está diretamente implicado.…”