“…Trata-se, de qualquer modo, da recepção brasileira dos conceitos de punitivismo, encarceramento em massa, estado de exceção, estado punitivo e combate ao inimigo, sendo incorporados no sentido de reforçar permanências autoritárias que já estavam presentes. Pastana (2013) entende que haveria uma nova característica no contexto brasileiro contemporâneo, que seria o crescente investimento no combate ao crime pelos governos democráticos, produzindo a figura do "estado punitivo" e uma ambiguidade entre democracia e autoritarismo. São utilizados referenciais diversos, como Wacquant, Garland, Christie, Bauman e Agamben, para sustentar o argumento de que essa forma de estado teria despontado no Brasil nos últimos 30 anos como forma hegemônica de controle social.…”