2020
DOI: 10.22491/1678-4669.20180040
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Essa Boneca Tem Manual: práticas de si, discursos e legitimidades entre travestis iniciantes

Abstract: Este artigo discute os modos pelos quais os corpos se produzem como campo de saber e de práticas de si na experiência de travestis iniciantes. Por meio de pesquisa etnográfica são analisadas as atuais formas usadas pelas jovens para acessar informações, aprender técnicas, comprovar práticas e compartilhar saberes sobre as múltiplas possibilidades de experienciar as travestilidades. Os passos seguidos pelas novatas que desejam tornar-se travesti são problematizados pela perspectiva de análise discursiva propost… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1

Citation Types

0
0
0
3

Year Published

2021
2021
2021
2021

Publication Types

Select...
2

Relationship

0
2

Authors

Journals

citations
Cited by 2 publications
(3 citation statements)
references
References 3 publications
0
0
0
3
Order By: Relevance
“…É consenso dizer que todas lidam com a prostituição como trabalho e, portanto, estão se referindo a um universo composto por pessoas maiores de 18 anos. Mas diferentes relatos sobre as histórias de diferentes travestis e mulheres transexuais informam que a idade de ingresso nesse cenário é bem abaixo desse marco legal (Duque, 2009;Amaral, 2012). O ingresso de Keila na prostituição, nos anos 70, diverge das imagens do documentário, em que não encontramos nenhuma travesti exercendo a prostituição que se identificasse ou fosse anunciada como adolescente.…”
Section: Diferentes Tonsunclassified
See 1 more Smart Citation
“…É consenso dizer que todas lidam com a prostituição como trabalho e, portanto, estão se referindo a um universo composto por pessoas maiores de 18 anos. Mas diferentes relatos sobre as histórias de diferentes travestis e mulheres transexuais informam que a idade de ingresso nesse cenário é bem abaixo desse marco legal (Duque, 2009;Amaral, 2012). O ingresso de Keila na prostituição, nos anos 70, diverge das imagens do documentário, em que não encontramos nenhuma travesti exercendo a prostituição que se identificasse ou fosse anunciada como adolescente.…”
Section: Diferentes Tonsunclassified
“…Para a produção do documentário a ausência dessa discussão não se apresentaria como um apagamento, mas uma recusa, nenhuma imagem no campo sinalizaria sobre a presença de travestis ou transexuais adolescentes nas ruas em que gravamos. No entanto, os relatos "do passado" insistem em trançar seus fios com as narrativas de pesquisas n(d)o presente (Duque, 2009;Amaral, 2012) e retomar essa questão silenciada. Esse artigo reafirma um compromisso ético de demarcar a necessidade de "falar sobre assuntos espinhosos" (Lowenkron, 2015), não a partir da recriação dos discursos sobre o "monstro", mas da preocupação de problematizar a noção de menoridade sexual e seus efeitos na proteção das adolescentes travestis.…”
Section: Diferentes Tonsunclassified
“…A problematização sobre o funcionamento das normas de gênero e da sexualidade ainda são pouco estudadas no contexto da pesquisa brasileira (POCAHY, 2006). Do ponto de vista dessa preocupação, os trabalhos de Pocahy (2006), Rios (2004), Amaral (2012) (2009) expõem a complexa trama pela qual se busca compreender as sexualidades, em especial o estudo das dissidências sexuais, tendo como cenário o espaço escolar. Esses trabalhos informam o modo como jovens, que reivindicam a identidade homossexualcomo no caso do público alvo do presente artigo -negociam e reinventam suas vidas a partir das redes de subjetividade e de significação que se constituem à margem das instituições que, supostamente, deveriam proteger esses sujeitos, tencionando o currículo, gerando demandas à equipe-técnico pedagógica, se apropriando do espaço-tempo escolar e, consequentemente, nos provocando a refletir sobre o fato deles estarem presentes na escola.…”
Section: Introductionunclassified