Abstract:ResumoO presente artigo propõe-se a discutir os encontros e desencontros entre a Psicologia e a Escola, problematizando a heterogeneidade de posições acerca do fracasso escolar. Foi realizada uma revisão de artigos científicos na base SciELO, utilizando o descritor "Psicologia Escolar".Foram selecionados 32 artigos publicados a partir de 2003, que tratavam de estudos no contexto brasileiro e que faziam uma discussão sobre a inserção da Psicologia na Escola. A leitura minuciosa e a an álise dos artigos originara… Show more
“…That might be due to an educational system far from excellence or the poor quality training provided to psychology professionals who will work in this field. Consequently, psychology does not seem to have yet been able to define its field of activity and its work methods at school (Oliveira-Menegotto, & Fontoura, 2015). In this sense, "academic education is pointed out, in studies and research works, as one of the main variables responsible for the lack of satisfactory, supportive, psychological practices in the school context" (Neves et al, 2002, p. 11).…”
RESUMO O surgimento de áreas emergentes de atuação na Psicologia tem exigido mudanças no processo de formação. Com o objetivo de analisar como a formação em psicologia tem preparado o futuro profissional para atuar na educação especial, a grade curricular de 34 cursos de graduação nacionais com melhor avaliação foi realizada. Por meio da consulta aos websites das instituições, as disciplinas que apresentavam alguma referência direta à educação especial foram selecionadas, em um total de 36 diferentes disciplinas, agrupadas em três categorias: as que apresentam tal modalidade restrita a algum tipo de déficit ou transtorno, aquelas que não especificam qual o foco da educação especial e aquelas voltadas às altas habilidades/superdotação. Os resultados mostraram que a maior parte dos cursos concentra, em média, duas disciplinas dessa natureza ao longo da formação, usualmente oferecida entre o 3o e 10o semestre do curso, majoritariamente sob a forma de disciplinas optativas.
“…That might be due to an educational system far from excellence or the poor quality training provided to psychology professionals who will work in this field. Consequently, psychology does not seem to have yet been able to define its field of activity and its work methods at school (Oliveira-Menegotto, & Fontoura, 2015). In this sense, "academic education is pointed out, in studies and research works, as one of the main variables responsible for the lack of satisfactory, supportive, psychological practices in the school context" (Neves et al, 2002, p. 11).…”
RESUMO O surgimento de áreas emergentes de atuação na Psicologia tem exigido mudanças no processo de formação. Com o objetivo de analisar como a formação em psicologia tem preparado o futuro profissional para atuar na educação especial, a grade curricular de 34 cursos de graduação nacionais com melhor avaliação foi realizada. Por meio da consulta aos websites das instituições, as disciplinas que apresentavam alguma referência direta à educação especial foram selecionadas, em um total de 36 diferentes disciplinas, agrupadas em três categorias: as que apresentam tal modalidade restrita a algum tipo de déficit ou transtorno, aquelas que não especificam qual o foco da educação especial e aquelas voltadas às altas habilidades/superdotação. Os resultados mostraram que a maior parte dos cursos concentra, em média, duas disciplinas dessa natureza ao longo da formação, usualmente oferecida entre o 3o e 10o semestre do curso, majoritariamente sob a forma de disciplinas optativas.
“…Na prática, por vezes, o campo do psicó-logo escolar é percebido como uma psicologia clínica dentro da escola e não como uma psicologia institucional. Aliada à perspectiva clínica, o olhar remete à sua própria história quando a psicologia escolar estava a serviço da normatização daqueles alunos que não eram "normais" (Dias, Patias, & Abaid, 2014;Oliveira-Menegotto & Fontoura, 2015). Embora o conhecimento científico e a prática sobre essa forma de atuação do psicólogo tenham ampliado a visão e suas perspectivas de atuação, ainda se mantêm resquícios destas práticas normatizadoras, preconceituosas e excludentes.…”
Section: Josiane Lieberknecht Wathier Abaid Centro Universitário Franunclassified
Supervisão de estágio em Psicologia Escolar:enfrentando desafios e superando barreiras
Susana Konig Luz Faculdade Meridional -Passo Fundo -RS -Brasil
Simone Nenê Portela Dalbosco Faculdade Meridional -Passo Fundo -RS -Brasil
Josiane Lieberknecht Wathier Abaid Centro Universitário Franciscano -Santa Maria -RS -BrasilHistoricamente, o trabalho realizado pelo psicólogo no ambiente escolar foi marcado pela realização de intervenções individuais que resolviam problemas pontuais naquele espaço, tornando o aluno e sua família os únicos responsáveis pelos acontecimentos. De fato, a psicologia escolar como uma área de atuação do psicólogo ainda encontra-se em consolidação. Na prática, por vezes, o campo do psicó-logo escolar é percebido como uma psicologia clínica dentro da escola e não como uma psicologia institucional. Aliada à perspectiva clínica, o olhar remete à sua própria história quando a psicologia escolar estava a serviço da normatização daqueles alunos que não eram "normais" (Dias, Patias, & Abaid, 2014;Oliveira-Menegotto & Fontoura, 2015). Embora o conhecimento científico e a prática sobre essa forma de atuação do psicólogo tenham ampliado a visão e suas perspectivas de atuação, ainda se mantêm resquícios destas práticas normatizadoras, preconceituosas e excludentes.Essa mesma perspectiva perpassa como representação de muitos estudantes de psicologia que, ao se depararem com estágios não clínicos, chegam às escolas "sem saber o que fazer". Se, por um lado, alguns entendem que a psicologia escolar propõe-se a ser uma psicologia da instituição e não uma psicologia clínica, outros estudantes têm dificuldades em perceber essa diferença. Para os últimos, a
“…A prática do psicólogo escolar e educacional teve início na Educação Básica (Santana, Pereira, & Rodrigues, 2014). No Brasil, a Psicologia se inseriu na escola através de um modelo clínico, calcado em uma concepção reducionista do fracasso escolar que responsabilizava o aluno e atendia aos anseios da escola de avaliar, corrigir e curar o "aluno-problema" (Oliveira-Menegotto & Fontoura, 2015). Entretanto, estudos de Maria Helena Souza Patto, como Psicologia e ideologia: uma introdução à psicologia escolar (1987), A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia (1990), e Introdução à Psicologia Escolar (1981), foram marcos para outros estudos teórico-críticos na área.…”
RESUMO Esta pesquisa de campo objetivou analisar as práticas desenvolvidas pelas psicólogas escolares nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPIs). Participaram do estudo dez psicólogas escolares. Fez-se uso dos pressupostos teóricos e metodológicos da Psicologia Histórico-Cultural. A análise dos dados foi realizada a partir das descrições empírica e teórica, no estabelecimento de unidades de análise e no retorno à realidade dos dados para explicá-los. Os resultados indicaram que as práticas desenvolvidas pelas psicólogas escolares abrangeram ações com foco individual e coletivo junto aos variados atores sociais da instituição e diante dos diversos níveis e/ou modalidades educacionais, sugerindo formas de atuação tradicionais e emergentes. Perceberam-se indícios de criticidade na prática das psicólogas, à medida que se notou movimento de mudança de uma perspectiva clínica para uma perspectiva institucional em Psicologia Escolar, pensando os diferentes segmentos educacionais e o próprio território institucional e suas relações com o contexto político, econômico e cultural.
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