Época de semeadura, fenologia e crescimento de plantas de fisális no sul do Brasil

Abstract

RESUMO-os objetivos do presente trabalho foram avaliar o comportamento fenológico e os componentes do crescimento de plantas de fisális (Physalis peruviana L.) em função de três épocas de semeadura, na região de Pelotas-RS. São determinados as datas de ocorrência, os dias após a emergência (DAE) e a soma térmica (GD) para os seguintes estádios: folhas verdadeiras, primeira ramificação, brotação floral, botões florais, flores abertas, formação de brotos basais, frutos caídos, início de queda das folhas e colheita. Quinzenalmente, a partir do transplante, foram realizadas avaliações de comprimento do ramo principal, número total de folhas do ramo principal, número de flores e frutos por planta. Nas condições edafoclimáticas de Pelotas, as plantas de fisális, oriundas da semeadura em novembro, necessitaram de menor número de DAE para completar os estádios fenológicos; contudo, esta tendência não se manteve para GD. A semeadura de fisális realizada no início do mês de setembro resultou em plantas com maior crescimento vegetativo e número de frutos, bem como com características de crescimento e de produção semelhantes às principais regiões de cultivo. Termos para indexação: Physalis peruviana, desenvolvimento, estádios fenológicos. TIME OF SOWING, PHENOLOGY AND GROWTH OF CAPE GOOSEBERRY PLANTS IN SOUTHERN BRAZILABSTRACT -the objectives of this study were to evaluate the phenological behavior and components of plant growth cape gooseberry (Physalis peruviana L.) according to three sowing dates in Pelotas, RS. Being determinated dates of occurrence, days after emergence (DAE) and thermal (degree-days) for the following stages: true leaves, first branching, sprouting flowers, bud flowers, open flowers, basal shoot formation, fallen fruit, early leaf fall, and harvest. every two weeks from the transplant, the main branch length, number of leaves of the main stem, number of flowers and fruits per plant were evaluated. At conditions of Pelotas, cape gooseberry plants originated in november sowing required fewer days after emergence to complete the phenological stages, however, this trend was not maintained for degree days. Cape gooseberry performed sowing early in the month of September resulting in plants with more vegetative growth, more number of fruits, growth and production characteristics similar to the main growing regions.

PLASTIC COVERING, PLANTING DENSITY, AND PRUNNING IN THE PRODUCTION OF CAPE GOOSEBERRY ( Physalis peruviana L.) IN SUBTROPICAL REGION

“…Another factor that might have influenced these variables may be associated with the planting period. Betemps et al (2014) reported that Physalis peruviana L. sowing that is carried out in the beginning of September results in plants with a higher vegetative growth and larger number of fruits, and the characteristics of growth and production are similar to this species main cultivation regions. Table 2.…”

Fenologia e qualidade de frutos de acessos de Physalis spp.

“…(Figura 1), seguindo a média de número de dias nos três períodos de observação, os acessos necessitaram de 8 dias (± 1,5) ou 115 GD para a emissão de nós sucessivos na haste, 13 dias (± 2,0) ou 187 GD para a antese e 5 dias (± 1,5) ou 58 GD para a fixação de frutos a partir da antese. Betemps et al (2014) ao avaliarem o comportamento fenológico de plantas de fisális na região de Pelotas, RS, Brasil, encontraram como resultados 23 dias para a antese, a partir do aparecimento de gemas florais, e 8 dias para a fixação de frutos a partir da antese.…”

“…Resultados semelhantes foram encontrados por Betemps et al (2014), os quais observaram que as plantas de Physalis peruviana L. oriundas da segunda época de semeadura (26-11-2007) apresentavam taxa de desenvolvimento mais acelerada que aquelas oriundas da primeira época (04-09-2007). Conforme Salazar et al (2008), o gênero Physalis possui seu desenvolvimento vegetativo acelerado com o aumento do fotoperíodo e da temperatura.…”

PRODUÇÃOE CARACTERIZAÇÃO DOSFRUTOS DE ESPÉCIES DE PhysalisCULTIVADAS NO SEMIÁRIDO BAIANO

“…Apesar da maior produtividade, P. ixocarpa apresentou menor número de frutos (83 frutos/planta), o que pode estar relacionado ao seu maior tamanho. Quando comparado a cultivos de P. peruviana, todas as espécies avaliadas apresentaram maior número de frutos que o obtido por Betemps et al (2014) no Rio Grande do Sul e similar à cultivo em Minas Gerais (RODRIGUES et al, 2012), evidenciando o potencial produtivo dessas espécies, que ainda pode ser aumentado com o desenvolvimento de técnicas de manejo adequadas. De acordo com Zapata et al (2002), a utilização de manejo adequado e cultivo em ambientes protegidos podem prolongar a produtividade da cultura da fisális por até dois anos.…”